- Home
- Onde investir
- Investimentos
- Onde investir R$ 5 mil? Especialistas revelam as melhores opções
Onde investir R$ 5 mil? Especialistas revelam as melhores opções
Quando sobra uma grana, sempre pinta aquela dúvida: gastar ou aplicar? E investir costuma quase sempre ser a melhor opção. Pensando assim, a Inteligência Financeira te apresenta alternativas sobre onde investir R$ 5 mil em aplicações de renda fixa e variável.
Mas, antes de começar a investir, uma regra é fundamental é: pague suas dívidas primeiro. Débitos, juros e longo prazo não combinam.
Depois, você precisa conhecer o seu perfil de investidor. Saber se está disposto a correr mais riscos ou se seu perfil é mais conservador.
Além disso, qual é o seu objetivo? Juntar para fazer uma reserva de emergência? Dar entrada em um carro novo? Planejar a viagem dos sonhos? Quando você define uma meta, fica mais fácil estabelecer qual o tipo de investimento, prazo e as perspectivas de ganho.
Dito, isso, vamos ao que interessa:
Onde investir R$ 5 mil em renda fixa?
Dentro do universo da renda fixa, existem diversos investimentos com valor de aporte inicial baixo, o que permite ao investidor diversificar entre diferentes tipos de taxa e prazo, visando minimizar seu risco.
É o que explica o Diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart, André Meirelles. Ele diz que um exemplo são os títulos do Tesouro Direto, na plataforma de investimentos do Tesouro Nacional.
Aliás, quando você compra um título do Tesouro, basicamente, você está emprestando dinheiro para o governo. Portanto, o risco é quase zero, e muitas das taxas de juros você já pode saber de antemão.
“O mínimo para começar a investir por essa plataforma é R$ 30,00 e lá o investidor encontra títulos atrelados ao IPCA (índice oficial de inflação do país), a Selic (taxa básica de juros da economia, 13,75%, atualmente) e títulos prefixados”, afirma.
Além disso, André lembra que os investidores podem optar por emissões bancárias. Nesse tipo de investimento, você empresta dinheiro aos bancos.
Mas é sempre bom procurar uma instituição de referência. Aliás, desconfie de instituições que pagam pelo CDI/CDB muito acima do mercado.
O que são os títulos privados
Os títulos privados são papéis emitidos por instituições financeiras. É como se você, investidor e investidora, se tornasse credor de um banco, por exemplo.
“Essa categoria é formada de ativos emitidos por instituições financeiras. E dentre esses, o mais conhecido é o CDB (Certificado de Depósito Bancário), que são emitidos por bancos, têm proteção do FGC e geralmente são atrelados ao CDI ( taxa muito próxima à Selic), lembra André.
Aliás, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) assegura o seu investimento em até R$ 250 mil por instituição, e por CPF, no limite de R$ 1 milhão. Ou seja, caso você tenha essa quantia, pode diluir em ao menos quatro bancos para reduzir os riscos de perder o seu dinheiro em caso de quebradeira.
Investimentos sem imposto?
Uma alternativa para quem quer investir em renda fixa e não pagar Imposto de Renda (IR) e IOF sobre o investimento são os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito Agrário (LCA).
Os CRI e CRA são títulos emitidos por securitizadoras e estão lastreados respectivamente em negócios do setor imobiliário e agrário. Já as LCI e LCA são títulos que financiam também estas duas áreas de negócios, mas são emitidas por bancos.
Além disso, os CRI e CRA não possuem garantias do FGC e dependem mais da diligência do investidor para saber a credibilidade do emissor. Enquanto as LCI e LCA, de até R$ 250 mil, assim como os CDBs, também são garantidas pelo FGC.
“No caso do CRI e CRA, você deve pensar no emissor, ver se a emissão conta com as garantias ou algum tipo de alienação fiduciária. O segundo são os bancários, LCI e LCA. Estão com taxas bem razoáveis e contam com o FGC. Acho que vale a pena fazer um mix”, afirma Claudia Ramenzoni Izzo, Head do B2C da RB Investimentos.
Como investir R$ 5 mil em renda variável ?
Na renda variável, as opções são inúmeras, desde ações, passando por fundos de ações, fundos imobiliários e por aí vai. Mas é bom lembrar que estas aplicações são mais arriscadas e demandam mais atenção dos investidores.
Portanto, é essencial que o investidor conheça as características de renda variável, saiba o seu perfil de investidor e mensure sua tolerância a risco e variações do patrimônio. É o que afirma Robson Casagrande, especialista em investimentos e sócio da GT Capital.
Aliás, Robson aponta algumas alternativas. “Os fundos de investimento em ações possibilitam que o investidor diversifique a carteira e tenha exposição em diversos segmentos de empresas. Ele deve avaliar o gestor do fundo e ter a consciência que este é longo prazo”, diz.
Além disso, outra opção são empresas do setor de serviços básicos, as chamadas utilities, e bancos.
“Em um pensamento de longo prazo, é importante investir em empresas sólidas. Empresas do setor de serviços básicos e bancos normalmente são excelentes pagadoras de dividendos e entregam um ótimo resultado no longo prazo”, afirma.
Por que e como diversificar os investimentos?
Já André Meireles, lembra da importância da diversificação.
“Quando pensamos na alocação de nosso patrimônio, um fator de muita relevância é a diversificação. Vimos recentemente o caso da Americanas, no qual a ação da companhia caiu mais de 70% em um único dia”, diz.
Ele lembra que casos como esse não são comuns, mas “a diversificação é considerada o único almoço grátis do mercado de capitais”, diz.
“O investidor pode optar por fundos de investimento. Os fundos são como condomínios que reúnem o patrimônio de diversos investidores, para alocar no mercado de capitais, e claro, com o auxílio de um profissional qualificado e certificado”, afirma.
João Abdouni, da equipe de investimentos da Skopos, indica dois nomes de empresas consagradas: Suzano (SUZB3) e Vale (VALE3). “São empresas líderes globais, por isso, têm dívidas financiadas a taxas de juros mais baixas, com receitas dolarizadas e forte geração de caixa. Não existem muitas empresas dessas na Bolsa brasileira”, diz.
Além disso, o analista também destaca os projetos de expansão. “Eles têm bons pagamentos de dividendos e projetos de expansão interessantes para os próximos anos. No caso de Suzano, Cerrado; no caso da Vale, produtos não ferrosos”, lembra.
Onde e como dobrar R$ 5 mil investidos?
É preciso lembrar que risco e rentabilidade são diretamente proporcionais. Portanto, em geral, quanto maior o risco, maior deve ser o lucro. Até porque, essa é uma maneira de um ativo atrair seu dinheiro.
Vamos a exemplos na renda fixa e variável. “Na renda fixa é possível dobrar o capital investindo em 5 anos aplicando em CDB a uma taxa pré-fixada de 15% ao ano com a segurança do FGC”, afirma Robson.
Ele lembra que no ramo de ações, isso depende de muitas variáveis. “Já na renda variável existem diversas empresas que podem dobrar o capital em um prazo muito menor, mas não há garantia e existem muitos fatores que podem influenciar. Os investidores podem utilizar as análises de casas de research e bancos para avaliar o preço-alvo”, diz.
Já outro exemplo, mas de altíssimo risco, são as moedas digitais. “Uma opção de investimento com alta rentabilidade são os criptoativos. Porém, vale ressaltar, que esse tipo de investimento é altamente volátil”, lembra André.
Além disso, ele comenta que os valores podem flutuar aos extremos. “E para exemplificar, no ano passado o bitcoin caiu cerca de 64%, enquanto esse ano já subiu 44%. Isso significa dizer que, assim como esse tipo de investimento pode ter uma grande rentabilidade em um curto período, ele também pode ter uma grande queda”, diz.
Aliás, uma regra do mercado para ser lembrada: “Qualquer investimento que pode dobrar seu patrimônio, geralmente tem muito risco embutido”, conclui o diretor da InvestSmart.
Leia a seguir