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Vai investir em títulos públicos? Então saiba quanto rende R$ 1 mil no Tesouro Direto
Para saber quanto rende investir R$ 1 mil no Tesouro Direto, é preciso, antes, tomar duas decisões. A primeira é escolher o título entre os oferecidos pelo Tesouro Nacional, via Tesouro Direto. A outra é ficar atento ao vencimento do papel. Portanto, confira abaixo os três principais tipos de papéis soberanos existentes no Brasil, os melhores cenários para sua utilização e as respectivas rentabilidade em 1 e 5 anos. E, afinal, você pode estar se perguntando “Se eu investir R$ 1mil no tesouro direto, quanto rende?”. É o que vamos saber a seguir.
Quanto rende investir R$ 1 mil no Tesouro Selic?
O Tesouro Selic tem como principal referencial, como o próprio nome sugere, a taxa básica de juros brasileira. Portanto, o título remunera o valor corrente do juro básico, atualmente em 11,25% ao ano, mais uma pequena taxa adicional.
Carlos Castro, planejador financeiro CFP pela Planejar, diz que uma das características mais importantes da modalidade é não ter marcação a mercado. “Ou seja, entrega a rentabilidade proposta mesmo quando o capital investido é resgatado antes do vencimento do título. Como resultado, é ideal para objetivos de curto prazo e manter reserva de emergência”, diz.
Assim, vamos à sua pergunta “quanto rende investir R$ 1 mil no Tesouro Selic?”. As contas foram feitas com base na atual previsão do boletim Focus, que hoje estima que a Selic termine este ano em 11,75% ao ano.
Em um ano, investir R$ 1 mil no Tesouro Selic 2029 rende R$ 90,23 líquidos. Em 5 anos, o retorno seria de R$ 441,91 após descontadas todas as taxas e impostos.
Quanto rende investir R$ 1 mil no Tesouro Prefixado?
O Tesouro Prefixado, por sua vez, paga ao investidor que carrega o título até o seu vencimento uma taxa fixa e pré-determinada, que hoje está próxima de 13%. Não obstante, porém, o papel possui marcação a mercado. Em outras palavras, sua rentabilidade pode variar antes do vencimento a depender da oferta e demanda pelo ativo no mercado.
“Costumamos indicar a modalidade para aportes de médio prazo, em linha com o vencimento habitual dos títulos e mediante análise do cenário de juros”, diz Castro. Um cenário de queda de juros tende a ser melhor para a classe.
Em um ano, investir R$ 1 mil no Tesouro Prefixado (considerando 12,90%) rende R$ 106,43 líquidos.
Já em 5 anos, o retorno seria de R$ 682,40, após descontos.
Quanto rende R$ 1 mil no Tesouro IPCA+ (NTN-B)?
O Tesouro IPCA+ tem elementos dos dois títulos descritos acima, pois a rentabilidade do investidor se dá pela soma entre o valor corrente da inflação (4,42% nos últimos 12 meses até setembro) e uma taxa fixa (hoje próxima dos 6,70%). A modalidade também possui marcação a mercado.
“Devem compor as carteiras de longo prazo. Isso porque entregam ganho real independemente do patamar da inflação e também podem pagar cupons semestrais, que antecipam parte da rentabilidade do título e facilitam seu carrego até o vencimento dos títulos”, afirma Castro.
Quanto rende investir R$ 1 mil no Tesouro IPCA+ (NTN-B)?
Portanto, em um ano, investir R$ 1 mil no Tesouro IPCA+6,70% rende R$ 90,19 líquidos.
Em 5 anos, o retorno seria de R$ 526,34 após descontos.
Vantagens e desvantagens
Segurança
Uma vez que são títulos emitidos pelo governo, ou soberanos, os papéis do Tesouro Direto têm os menores riscos de crédito do mercado, nota o planejador. Um título de dívida privado, emitido por um banco, por exemplo, pode ter risco menor ou maior a depender da instituição que o emitiu e se está ou não coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Imposto de Renda no Tesouro Direto
Para saber quanto rende investir R$ 1 mil no Tesouro, vale lembrar que incide sobre os rendimentos dos títulos a tabela regressiva do Imposto de Renda. Com uma alíquota máxima de 22,5%, para aplicações com menos de 180 dias.
E mínima de 15%, para títulos com mais de 720 dias. Em aplicações inferiores a R$ 10 mil, há ainda uma taxa de custódia de 0,2% ao ano cobrada pela B3 sobre o valor do título.
No mercado privado, nota Castro, há desde ativos incentivados, como LCIs e LCAs, com isenção de impostos. Até produtos com taxas extras, como os fundos, que têm custos de administração.
Complexidade
Os títulos públicos são de entedimento e investimento simples diz Castro, da Planejar, o que facilita para investidores menos experientes.
“Todos precisam aprender a investir diretamente em sites e apps de corretoras e bancos, para ter acesso a mais produtos. Mas o desafio é a análise de ativos mais complexos, como os fundos, que não conseguimos saber como é a gestão a priori. Os papéis do Tesouro são mais simples”, afirma.
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