Quer ganhar dinheiro com agronegócio? O CRA pode ser uma boa opção

Produto é isento de IR e indicado para o longo prazo

Para quem busca diversificar os investimentos dentro da renda fixa com opções mais arrojadas, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) podem ser uma opção. Trata-se de um produto isento de Imposto de Renda com o objetivo de custear a expansão das atividades do agronegócios.

Ficou interessado? A seguir, confira o que você precisa saber para começar a investir em CRAs e se o produto combina com o seu perfil.

O que é e como funciona o CRA?

Os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) financiam projetos do setor agrícola. Uma securitizadora transforma débitos em uma série de pacotes em que os investidores interessados aportam recursos. Ou seja, investir em CRA significa financiar empréstimos envolvidos no agronegócio.

De acordo com a definição do site da B3, os CRAs são títulos de renda fixa lastreados em recebíveis originados de negócios entre produtores rurais, ou suas cooperativas, e terceiros. Eles abrangem, conforme a B3, financiamentos ou empréstimos relacionados à produção, à comercialização, ao beneficiamento ou à industrialização de produtos, insumos agropecuários ou máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária.

Nessas operações, por conseguinte, as empresas cedem seus recebíveis para uma securitizadora, que emitirá o CRA e os disponibilizará para negociação no mercado de capitais, normalmente com o auxílio de uma instituição financeira.

Por fim, essa securitizadora irá pagar a empresa pelos recebíveis cedidos. Desse modo, a empresa conseguirá antecipar o recebimento de seus recebíveis.

Como os CRAs funcionam na prática?

Na prática, para o investidor, os CRAs se assemelham a outros investimentos de renda fixa. Em outras palavras, compram-se os papéis e, em troca de manter os recursos aplicados, recebe-se uma remuneração.

Como investir em CRAS?

Para investir em CRAs é preciso ter conta em uma corretora de valores e escolher o título dentro da plataforma. Os CRAs podem ser comprados por meio de ofertas primárias ou pelo mercado secundário.

Quem deve investir e quando resgatar o dinheiro?

Apesar de ser um investimento de renda fixa, investir em CRA tem seus riscos. Por ser emitido por empresas privadas, a maioria delas securitizadoras, os CRAs não têm cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), caso a instituição financeira quebre. É aí que os investidores têm risco de crédito, ou seja, do não pagamento da dívida.

Além da questão do FGC, os CRAs costumam ser emitidos com vencimento entre 10 a 15 anos. Ou seja, se você sacar antes disso, acabará perdendo dinheiro. Portanto, é fundamental analisar seus objetivos e expectativas.

Em resumo, caso você queira investir em CRA, precisa fazer uma análise do seu perfil de investidor e ter uma estratégia a longo prazo. Se você está disposto a correr alguns riscos em troca de ganhos potencialmente mais altos com renda fixa, vale considerar aplicar parte do patrimônio em Certificados de Recebíveis do Agronegócio.

Portanto, antes de investir em um certificado, você deve se informar sobre o cálculo de rentabilidade, prazos, riscos e garantias, que estão em seu termo de securitização.

CRI x CRA: qual a diferença?

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), assim como os Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRA), são títulos de renda fixa emitidos por companhias securitizadoras.

O que os diferencia é a destinação dos investimentos. Um é voltado ao mercado imobiliário e o outro para o agronegócio, como seus nomes indicam.

Ambos têm a função de custear a expansão das atividades das companhias imobiliárias e do agronegócios, respectivamente.

Rendimento do CRA

O CRA é um investimento de médio a longo prazo, isento de Imposto de Renda. É possível investir em três categorias de CRA:

  • No prefixado, você sabe exatamente o quanto receberá de rendimento;
  • No pós-fixado, há uma previsão, mas a rentabilidade é atrelada a um índice;
  • Por fim, o híbrido tem uma rentabilidade composta por uma parte prefixada e outra pós-fixada.

Os CRAs são considerados produtos de baixa liquidez. Portanto, para os investidores que não têm certeza de que poderão manter os investimentos até o vencimento, eles não são uma boa opção.

Taxas

Um dos principais atrativos do CRA é a isenção de Imposto de Renda e de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Com isso, não é preciso descontar mais nada da rentabilidade oferecida aos investidores, ou seja, ela já é líquida.

Além disso, geralmente não há cobrança de taxa de administração sobre certificados de crédito. Muitas corretoras isentam os investidores de taxa de corretagem ou de custódia, embora algumas possam cobrar por esse serviço.