Tesouro Direto
O que é Tesouro Direto?
É um programa lançado pelo Tesouro Nacional, órgão responsável pela gestão da dívida pública. O Tesouro Direto tem como objetivo permitir com que pessoas físicas comprem papéis do governo federal por uma plataforma digital. O programa surgiu como uma alternativa mais barata para os investidores.
Como o Tesouro Direto funciona?
Tudo funciona de maneira virtual. Cada título tem rentabilidade, prazo de vencimento e remuneração definidos. A compra de um título do Tesouro Direto funciona como um empréstimo ao governo. O investidor aplica o dinheiro e, em troca, recebe uma remuneração por esse empréstimo ao final do vencimento do título.
O valor mínimo de investimento no Tesouro Direto, independentemente do título, é de R$ 30 – embora possa variar alguns reais. No entanto, o valor máximo de investimento no Tesouro é de 1 milhão de reais por mês.
Tipos de títulos do Tesouro Direto
O Tesouro Direto possui algumas opções de títulos públicos para investir. Eles são divididos em três grupos: prefixados, pós-fixados e híbridos.
- Tesouro Prefixado (antigo LTN): tem taxa de juros estabelecida na hora em que o investidor faz a aplicação.
- Tesouro Prefixado com juros semestrais (antigo NTN-F): título com rentabilidade prefixada, definida no momento da compra e que paga juros a cada semestre.
- Tesouro IPCA+ com juros semestrais (antigo NTN-B): com rentabilidade que varia de acordo com a taxa de inflação IPCA mais juros a cada seis meses que são definidos na compra deste título.
- Tesouro IPCA+ (antigo NTN-B Principal): tem rentabilidade que varia com o IPCA, mais juros já definidos. Porém não tem pagamento de juros semestral.
- Tesouro Selic (antigo LFT): com rentabilidade que acompanha as movimentações da taxa Selic.
Como investir no Tesouro Direto
O processo é simples. O primeiro passo é abrir conta em uma corretora ou banco, informando à instituição você deseja investir no Tesouro Direto e fazer um cadastro no Tesouro Nacional.
Depois, é possível comprar e vender títulos por meio do próprio site do Tesouro Direto ou pela plataforma da instituição financeira.
Investidores podem adquirir ou resgatar títulos do Tesouro Direto de segunda à sexta, no horário comercial, entre às 9h30 horas e 18 horas.
Quais as taxas para investir
São cobrados dois tipos de taxas: a taxa de custódia da B3 e a taxa de administração. A taxa de custódia, cobrada semestralmente, equivale a 0,25% ao ano sobre o valor investido. Já a taxa de administração varia de acordo com a instituição financeira e muitas vezes é zerada.
Além disso, os investidores devem pagar o Imposto de Renda no momento do resgate de um título do Tesouro Direto. A alíquota desse imposto é regressiva, ou seja, quanto mais tempo o investidor permenecer com o título, menos imposto irá pagar.
No Tesouro Direto também há o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que segue a tributação regressiva para aplicações de até 30 dias. Mantendo o título por mais de 30 dias, o IOF é zerado.
É seguro investir no Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é considerado um dos investimentos mais seguros do mercado, já que está atrelado ao Tesouro Nacional, que administra os recursos públicos. Além de seguro, ele também é um dos investimentos mais acessíveis, já que é possível começar com pouco dinheiro e de qualquer lugar onde haja internet.
O Tesouro Direto é considerado um investimento de baixo risco, já que o pagamento é garantido pelo Governo Federal, então, o risco de calote é mínimo. Por isso, investidores iniciantes ou aqueles que querem rentabilizar a reserva de emergência são os que mais procuram o Tesouro.
A liquidez dos títulos
A liquidez de um investimento representa a facilidade com que um ativo pode ser vendido. No caso dos títulos vendidos pelo Tesouro Direto, o investidor pode resgatar a quaquer momento, mas poderá ter prejuízo se retirar o valor antes do vencimento por conta da marcação a mercado.
Quanto rende o Tesouro Direto
Os valores variam com base em alguns fatores, como perspectivas futuras, tipo de título, desempenho do índice e data de vencimento. A maior parte dos ativos disponíveis para negociação tem rendimentos elevados próximos a 9,25% ao ano.
Quando se espera que as taxas de juros da economia subam no futuro, o valor de ativos específicos aumenta e seu preço unitário diminui. Isso acontece porque a dívida pública fica mais cara. Portanto, o governo deve oferecer aos investidores um retorno maior para compensar o risco.
Colaborou Henrique Silva