Se você é um investidor ou uma investidora que gosta de ETF, os fundos que acompanham um índice, atenção: existe um novo produto na Bolsa de Valores. O novo ETF, que é da gestora independente Investo, tem o código 5GTK11 e é atrelado a um índice composto por companhias do setor de tecnologia 5G. O novo fundo acompanha o índice “BlueStar 5G Communications Index” e replica o ETF FIVG, listado na Bolsa de Nova Iorque. O produto da gestora Defiance ETFs tem US$ 1,3 bilhão sob gestão e deu retorno de 25,63% em 2021. O ETF investe em 88 empresas que desenvolvem ou implementam serviços e tecnologias 5G, como Marvell, Qualcomm e Verizon. A cota custa a partir de R$ 100 e é cobrada uma taxa de administração de 0,48% ao ano.
As companhias são de tecnologia de acesso a redes móveis, operadoras de rede ou torres de celular e data centers, por exemplo. A maioria delas é dos Estados Unidos, mas há também empresas da Europa e da Ásia.
Conforme a gestora, quem comprar o fundo terá exposição ao crescimento do uso de dados no mundo, participará do começo de uma tecnologia que pode ser maior que a internet e estará exposto a uma moeda forte como o dólar.
“Assim como o 3G foi um marco na conectividade de aparelhos celulares, o 5G permitirá que todos os dispositivos da nossa vida sejam conectados, viabilizando carros autônomos, medicina conectada, internet das coisas nas indústrias e muitas outras aplicações”, afirma Cauê Mançanares, presidente da Investo.
O cenário dos ETFs
O lançamento deste ETF faz parte dos planos da B3 de lançar oito novos fundos para aumentar as possibilidades de diversificação para investidores nos mercados local e internacional. Entre as novidades, há modalidades deETFs, como o caso do 5GTK11, e de recibos de ações (BDRs), além de mais opções para a listagem de fundos. Em 2021, os investidores 66 opções de ETFs estavam disponíveis no mercado, entre renda variável, fixa, criptomoedas e commodities.
Esse investimento é para você?
Antes de decidir, você deve conhecer bem o ativo. O valor do ETF oscila de acordo com o índice de referência, que é o chamado benchmark. Ele é um investimento passivo, ao contrário de outros fundos, que podem trocar os ativos da carteira conforme muda o cenário da economia.
Uma das vantagens é o custo, que costuma ser menor do que outros tipos de fundos, que cobram taxas de administração e performance. Toda intermediação é feita por uma corretora de valores, que faz a ponte entre você e a Bolsa.
Em geral, um ETF que é lançado no mercado tem baixa liquidez. Ou seja: vai demorar um pouco para você ter lucro com esses papéis. Se você tem pressa, talvez um novo ETF não seja o melhor caminho.
Também é importante que você estude quem é o gestor do fundo e suas características. No final das contas, o que importa é saber se os ativos que fazem parte do índice estejam alinhados aos seus interesses e objetivos.
Um investidor e uma investidora mais conservadores podem escolher um ETF de Ibovespa, enquanto os mais ousados podem escolher um de criptomoedas. Assim, o ETF também funciona como um elemento para diversificar a carteira do investidor sem demandar muito esforço.
O ETF gera lucro quando a cota é vendida no mercado por um preço maior do que você o pagou, e isso depende da variação do índice. A cada venda de ETF, o investidor paga 15% de Imposto de Renda sobre o lucro. A corretora também cobra taxas pela negociação.