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Bolsa de Valores: corretora lista 10 ações para você ficar de olho
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Saber escolher as empresas pode fazer toda a diferença
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O relatório traz as ações para o longo prazo
Não é de hoje que estamos presenciando quedas constantes do Ibovespa, e também nas Bolsas de Valores de outros países. E as principais razões para isso estão, para começar, na desaceleração que quase o mundo inteiro resolveu aplicar em suas economias. Além disso, temos também as medidas restritivas na China para conter o avanço do número de casos de covid-19. E, mais diretamente aqui no Brasil, uma agenda política que desafia o teto de gastos juntamente com a aproximação das eleições presidenciais.
Onde investir hoje?
Como ainda há muita volatilidade e riscos que podem impactar de forma mais intensa a economia real, saber escolher as ações de empresas pode, aliado à uma pequena dose de coragem, fazer toda a diferença. Por isso, a corretora Ativa Investimentos resolveu criar uma lista com as 10 empresas que ela considera que estejam baratas e que possuem uma boa gestão, capacidade de navegar tempos difíceis e trazer bons resultados após as turbulências. “Em resumo, são empresas que acreditamos que, para o investidor de longo prazo, que conseguir carregá-las por dois a três anos, existe uma chance de se obter um retorno considerável”, afirma a corretora de investimentos.
Confira a tabela abaixo com as 10 empresas mais baratas atualmente:
Histórico das empresas
E para você entender um pouco melhor sobre cada uma das companhias listadas na tabela do relatório, a Inteligência Financeira fez um resumo a respeito do histórico dessas empresas no mercado apresentado no estudo.
Magazine Luiza
Um grande destaque da empresa é o seu avanço em serviços financeiros, que já respondem por mais de 40% das vendas do e-commerce e possuem maior taxa de conversão de vendas. “No longo prazo, com a retomada do poder de compra e um crescimento mais racional dos players internacionais, vemos a Magazine Luiza bem posicionada para continuar expandindo suas vendas, sua base de clientes e rentabilizando cada vez mais esse consumidor dentro da plataforma. Além disso, acreditamos que o valuation atual da companhia está muito descontado pelo cenário de alta de juros atual e que há uma grande distorção no preço de tela atual”, aponta o relatório.
Grupo Soma
O Grupo Soma tem como plano reunir um portfólio de marcas, abrangendo diferentes perfis de consumidores. O foco da companhia hoje é dividido em três vertentes: expansão da Farm Global, principalmente nos Estados Unidos e Europa, aceleração do crescimento da NV e reestruturação da Hering.
“Vemos o Grupo Soma bem posicionado para capturar o potencial de crescimento nas diferentes frentes, uma vez que acreditamos na capacidade de execução da empresa que, combinado ao nível descontado de valuation, representa uma oportunidade considerável de investimento”, afirmam os especialistas da Ativa Investimentos.
Movida
Embora o segmento de carros seminovos esteja com perspectiva de voltar para as suas margens padrões com a normalização na oferta de automóveis, a Movida aumentou consideravelmente seu poder de barganha com as montadoras, onde não devemos ver a empresa com margens negativas novamente. “Além disso, recentemente, a companhia incorporou a CS frotas, movimento que a torna mais competitiva no segmento de GTF, onde vemos a maior oportunidade de crescimento para o setor”, indica o estudo.
Totvs
Ainda que as empresas de tecnologia estejam sofrendo com as altas de juros, a Totvs é uma empresa que detém mais de 40% de participação de mercado no segmento de gestão, que é altamente gerador de caixa, apresenta altas taxas de renovação de contratos, que são indexados pela inflação, servindo como colchão de liquidez para empresa.
Além disso, seus novos segmentos de techfin e business performance apresentam ótimas perspectivas de longo prazo. “Em techfin, a parceria com o Itaú Unibanco deverá gerar ganhos interessantes para empresa ao longo dos próximos anos. Já o segmento de business performance deverá continuar a se beneficiar de tendências de longo prazo para o segmento de tecnologia, como a necessidade crescente digitalização de empresas brasileiras de médio porte, além do aumento da penetração do comércio eletrônico no PIB brasileiro e a necessidade de utilização de ferramentas de tecnologia para dar suporte a operações de e-commerce”, acredita a análise da Ativa Investimentos.
MRV
Segundo a corretora Ativa, a MRV se encontra em situação financeira estável, tendo diversificado suas linhas de negócios a fim de reduzir sua exposição ao segmento de residências populares e dar estabilidade à receita.
De acordo ainda com o relatório, o grande déficit habitacional da população brasileira tenda a indicar que, mesmo no segmento de residências populares, a demanda de longo prazo e o apoio governamental, independentemente de matizes ideológicos, permanecerão fortes. “Esses fatores, juntamente com o fator conjuntural da alta de taxa de juros, que certamente não durará para sempre e tende a se reverter ao longo dos anos, devem oferecer boas oportunidades de ganhos para os acionistas da MRV num período de 2 a 3 anos”, indica.
Vibra Energia
“Se confirmados os resultados que esperamos, haveria espaço para distribuição adicional de dividendos ainda neste ano. Quanto ao seu valuation, vemos a companhia sendo negociada a 6,2 vezes EV/Ebitda versus 7,6 vezes de Ultrapar e, por conseguinte, acreditamos que as suas ações não expressam as diferenças perante os momentos operacionais, financeiras e de governança que existe entre os pares”, esclarece o relatório.
Ambipar
A empresa terminou o primeiro trimestre desse ano com uma alavancagem de 2,8 vezes, próxima ao seu covenant máximo de 3 vezes. Covenants são compromissos de financiamentos que protegem os credores ao impor obrigações aos devedores, como segurar o nível de endividamento, que é o que acontece neste caso. Entretanto, a entrada recente de capital desalavancou a holding, que agora irá dispor de maior espaço para seguir com sua proposta de crescimento. “Com as ações pressionadas por buscar crescimento em um momento em que o acesso ao capital está mais custoso, vemos a Ambipar negociada a 6,3 vezes EV/Ebitda enquanto seus concorrentes internacionais mais próximos negociam a dígitos duplos”, dizem os especialistas da corretora.
Yduqs
De acordo com o relatório, o setor educacional possui boas perspectivas de crescimento e está sendo negociado em um nível descontado, onde a YDUQS está negociando a 5,4 vezes EV/EBITDA enquanto sua média dos últimos três anos foi de 8 vezes.
Hapvida
Considerada uma operadora verticalizada, a Hapvida possui desde o plano até as clínicas e os hospitais. Esse modelo permite com que a empresa ganhe eficiência, diversifique receita e possua preços mais competitivos. “Dessa maneira, acreditamos que a companhia é a mais bem posicionada para recepcionar a crescente demanda (no setor de saúde) que veremos nos próximos anos. Vale ressaltar que a Hapvida acabou de combinar negócios com a NotreDame em um processo que possui grandes ganhos de sinergia, já que as regiões onde ambas operavam são complementares. Portanto, acreditamos que a empresa está extremamente bem posicionada para capturar todos esses ganhos com seu modelo verticalizado”, afirma a Ativa Investimentos.
Rede D’Or São Luiz
Nos últimos 12 meses, a companhia teve uma desvalorização considerável, fruto do aumento do custo de capital e da inflação, que pressiona suas margens. “Contudo, no longo prazo, acreditamos que a empresa conseguirá manter suas margens repassando o aumento dos custos e despesas no ticket, como historicamente sempre conseguiu. Além disso, a atual situação do setor apenas ressalta a posição favorável para a consolidação da companhia, onde hospitais menores sofrem bem mais com essa pressão em seus custos e despesas. A Rede D’or possui relevância suficiente para negociar com seus fornecedores o aumento dos insumos médicos, poder que hospitais menores não tem”, concretiza o relatório.
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