Contratos futuros

Contratos futuros, contratos de futuros ou apenas futuros são a forma de se negociar um ativo que será liquidado em uma data futura. O preço reflete na cotação do papel, que oscila diariamente de acordo com a oferta e a demanda e com os movimentos do mercado financeiro.

O contrato futuro de petróleo para novembro de 2025, por exemplo, diz respeito a um barril do óleo a ser entregue naquela data. Se o mercado acredita que a demanda pela commodity deve diminuir até lá, o preço do contrato tende a cair. Se o mercado vê a demanda crescer, o preço sobe. É com base nestes contratos que as petroleiras precificam suas vendas, mas elas não são tabeladas, e sim negociadas caso a caso. Então, quando dizemos que o preço do petróleo caiu significa que o preço do contrato futuro de petróleo mais negociado caiu. 

O contrato futuro é um tipo de derivativo, ou seja, seu valor deriva de um ativo físico (como a soja), financeiro (como uma ação), taxa de referência (como a Selic) ou índice (como o Ibovespa).  

Além do contrato futuro, outros exemplos de derivativos são contratos a termo, opções de compra e venda e operações de swaps. 

A maioria dos contratos é liquidado apenas financeiramente, sem entrega física, mas há alguns que preveem liquidação física. Ou seja, no vencimento, quem tiver o contrato em mãos leva para casa um barril de petróleo ou uma saca de soja. Na maioria dos casos, estes compradores de contratos com entrega física são empresas que utilizam estas commodities como matéria-prima.

Vale a pena Investir em Ouro
– Ilustração: Marcelo Andreguetti

Ganhando dinheiro com contratos futuros 

Grande parte da negociação de contratos futuros é pura especulação financeira e não é feita por produtores e agricultores. Com base na análise do cenário macroeconômico, é possível desenhar projeções para os preços das commodities, índices, moedas, entre outros, e apostar em sua queda ou alta, ganhando dinheiro com isso. Outros investidores, usam os contratos futuros como proteção às oscilações do mercado. 

Vamos a um exemplo com um contrato para a compra de dólares em dezembro. Em janeiro, o dólar está, por exemplo, em R$ 5,30 e o mercado precifica que estará a R$ 5,40 no fim do ano, negociando o contrato futuro de dólar para dezembro com este valor, de R$ 5,40.  

Em dezembro, quem comprou e segurou o contrato, vai adquirir dólar a R$ 5,40, independente da cotação da moeda ao fim do ano. Se o dólar estiver mais caro, o comprador se beneficia, pois conseguiu assegurar uma taxa de câmbio mais barata. Se o dólar estiver mais barato em dezembro, o comprador vai ter que pagar mais caro, levando uma desvantagem. 

Esta estratégia é útil para empresas que precisam fazer remessas de dólar. Com o contrato futuro, elas podem se planejar e assegurar o valor a ser enviado. 

Também há a possibilidade de vender o contrato futuro antes de dezembro, caso a precificação suba. Se em março, o mercado precifica o dólar em dezembro a R$ 5,50, é possível lucrar a diferença dos R$ 5,40 adquiridos em janeiro.  

Contratos futuros na B3

No Brasil, a B3 disponibiliza contratos futuros de juros, moedas, índices e commodities. Os principais são: índice Bovespa, índice S&P500, futuro de ações, taxa DI, taxa Selic, cupom cambial de DI, cupom de IPCA, dólar dos Estados Unidos, euro, libra esterlina, iene japonês, iuan chinês, boi gordo, milho, café, soja, açúcar, etanol. Existe um lote mínimo de contratos para negociação, especificado caso a caso. 

Minicontrato 

Como o valor de um contrato futuro tende a ser alto e sua negociação exige uma quantidade mínima de alguns contratos, eles ficam inacessíveis para a maioria dos investidores. Para baratear o mercado futuro foram criados os minicontratos. 

O mini dólar, que é o mini contrato futuro de dólar, equivale a um quinto do contrato futuro cheio de dólar. Enquanto um mini dólar diz respeito a US$ 10.000 e pode ser negociado a um contrato por vez, um contrato cheio de dólar futuro equivale a US$ 50.000 e deve ser negociado a partir de cinco contratos por vez.  

O mesmo vale para o mini Ibovespa, que é um quinto do contrato futuro cheio para o Ibovespa. Na mesma lógica da negociação futura de dólares, o futuro de Ibovespa especula qual a pontuação futura do índice. No contrato cheio, cada ponto do Ibovespa equivale a R$ 1, no mini Ibovespa, R$ 0,20. 

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