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Games: Saiba como investir a partir de R$ 100
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Mercado já é maior do que a indústria de cinema, TV e música juntos
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De cada quatro brasileiros, três jogam em alguma plataforma
Empresas citadas na reportagem:
Você sabia que 74,5% dos brasileiros têm os jogos como a principal fonte de entretenimento? Seja no celular, nos consoles ou no computador, três em cada quatro brasileiros jogam. Os dados são da Pesquisa Game Brasil, desenvolvida pelo Sioux Group e Go Gamers em parceria com Blend New Research e ESPM. O mercado de games foi impulsionado pela pandemia do coronavírus e já é maior que o mercado de cinema, TV e música juntos.
Com projeções de crescimento para os próximos anos, investir no mercado por cestas de games com gigantes do ramo como Activision Blizzard, Nintendo, e Microsoft é mais uma opção para incrementar e diversificar a carteira.
Como investir em games
JOGO11 é um ETF da Investo e replica o índice ETF ESPO (VanEck Video Gaming & E-Sports Index), listado na Nasdaq com investimentos de mais de US$ 600 milhões. Tendo a BTG Pactual como coordenador-líder, o fundo conta com investimentos em empresas como Ubisoft, Nintendo e Activision Blizzard. Trata-se de um dos primeiros ETFs focados no mercado de games. Veja abaixo as características do papel:
- Aporte mínimo: R$ 200;
- Taxa de administração: 1,03% ao ano;
- Taxa de custódia: 0,48% ao ano;
- Tributação: Imposto de Renda pode chegar a 22,5%.
Ativo para investidores mais agressivos
Outra opção é o fundo Tech Games, lançado em 2021 em parceria com a Vitreo, corretora que também pertence ao grupo BTG. Esta é uma das opções mais baratas do mercado e que expõe o investidor a empresas como Sony e EA Sports. A gestão do fundo é ativa, o que envolve mais riscos e taxas mais altas. Por isso, o BTG recomenda o fundo para perfis moderados ou arrojados, com reserva de emergência e que buscam uma carteira de longo prazo. Conheça o papel:
- Aporte mínimo: R$ 100;
- Taxa de administração: 0,90% ao ano;
- Taxa de custódia: 0,20% ao ano;
- Tributação: Imposto de Renda de 15% sobre os rendimentos no momento do resgate.
Investimento com foco em eSports
O ETF Trend eSports, da XP Investimentos, tem gestão passiva e replica o HERO, da Solactive Video Games & Esports Index. Originalmente negociado na Nasdaq, o fundo se diferencia por mirar também no setor de eSports. O portfólio conta com 40 ações de empresas desenvolvedoras de jogos e é um investimento para perfis moderados. Veja as principais características:
- Aporte mínimo: R$ 100;
- Taxa de administração: 0,5% ao ano;
- Taxa de custódia: 0,03% ao ano;
- Tributação: Alíquota regressiva de Imposto de Renda, que começa em 22,5% e chega em 15%.
COE para os que toleram um risco alto
Com o COE Minimax Cesta Games, do Banco Safra você terá que desembolsar um aporte maior: R$ 1.000. O investidor é exposto à indústria de jogos da Google, Nvidia e Microsoft. A cesta mescla investimentos de renda fixa e renda variável, principal característica da modalidade de Certificado de Operações Estruturadas, ou COE. Numa escala de 1 a 16, o fundo tem um grau de risco 14. Portanto, cuidado.
O que é capital protegido?
Em relação ao modelo COE de capital protegido oferecido pelo fundo, Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, alerta para alguns pontos a serem considerados. Na prática, ter capital protegido é receber de volta o seu dinheiro investido corrigido por uma taxa fixa, caso os objetivos de alta não sejam atingidos pelas ações. “A grande pegadinha é que o capital normalmente vem corrigido por uma taxa bem abaixo do CDI do período, ou seja, o investidor está perdendo dinheiro nesse tempo, dado que nosso custo de oportunidade hoje no Brasil é o CDI”, pondera Oliveira.
A vantagem desse investimento estaria em poder entrar em contato com ativos mais incomuns, mas Oliveira adverte que o investidor deve saber quanto tempo dura o COE e ter a exata noção de quanto seria o CDI na curva para esse período. “Com isso, comparar com a taxa remunerada em caso de retorno do capital, para ver se não está muito abusivamente abaixo.”
Comprar ações diretamente ou através de fundos?
Para todo tipo de investimento, é necessário conhecer o seu perfil de investidor e com quanto risco você pode arcar. A maioria das empresas de tecnologias é estrangeira, então a compra de ações seria via BDRs. Nelas, um dos principais riscos é o cambial, já que a cotação varia junto com a moeda do país em que a empresa está sediada. Portanto, as oscilações do dólar significam que você deve ficar alerta a todo tempo.
Eduardo Grübler, gestor de renda variável da Warren Asset, defende que investimentos feitos em ETFs não na compra de ações diretas é uma forma de diminuir riscos. “Escolher uma única empresa expõe o investidor ao risco inerente ao papel, ou seja, especificidades que podem ocorrer”, explica o gestor. Ele reforça que fundos e ETFs são mais diversificados, seja por gestão ativa, seja por replicar um índice composto por uma grande cesta.
A recente queda nas ações da Activision Blizzard, desenvolvedora de sucessos como Call of Duty, são exemplos de riscos na compra de ações diretas. A empresa sofreu com isso nos últimos meses, devido a problemas de governança e escândalos.
Colaborou Anne Dias
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