Não vacile: conheça os 11 erros mais comuns dos investidores que você deve evitar
Saiba o que você não deve fazer de jeito maneira ao investir
Você decidiu, finalmente, pegar uma parte do seu rico dinheirinho e investir. Mas, calma lá! Antes de colocar a grana em qualquer investimento, é preciso evitar alguns erros… Erros considerados comuns ao investidor, principalmente para quem quer começar a investir agora.
Afinal de contas, você não quer fazer parte do time dos equivocados, não é mesmo?
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Por isso, nós, da Inteligência Financeira, fomos atrás dos especialistas do mercado financeiro a fim de listar quais são essas gafes. E, claro, o que você deve fazer para evitá-las.
Erros mais comuns de um investidor
Então, minha querida leitora e meu querido leitor, muita atenção que é chegada a hora da gente desvendar para vocês quais são os principais vacilos do investidor. Valendoooo….
1. Não montar uma reserva de emergência
Em primeiro lugar a gente começa com esse deslize que deveria ser considerado o oitavo pecado capital.
Isso porque pode até parecer meio óbvio… Mas muita gente tropeça em não ter uma reserva de emergência antes de aplicar o dinheiro em renda fixa, variável, fundos de investimentos. Na realidade, alguns chegam até a levar um belo de um tombo.
E eu espero, do fundo do meu coração, que você não cometa esse erro.
Afinal, a reserva de emergência, como o próprio nome diz serve para qualquer imprevisto que possa surgir.
Inclusive, em um tempo não muito distante, a gente viu, com a chegada da pandemia, que situações atípicas acontecem. E o pior: a gente pode não conseguir ter controle da situação.
Portanto, se você não tiver uma reserva de emergência, já era! Vai acabar se endividando e pagando juros altos.
Ou seja, vai receber, com veemência, o selo de vacilão entre os investidores.
“A reserva de emergência é o ponto de partida. Por enquanto, o investidor iniciante não precisa fazer curso de investimento ou pensar em gastar muito tempo explorando onde vai aplicar”, explica Lai Santiago, educadora financeira da fintech Open Co.
Segundo a especialista, a reserva de emergência tem que ser algo simples, seguro, estável e com boa liquidez (como a renda fixa, por exemplo).
Aliás, a reserva de emergência serve, inclusive, para ajudar você, no futuro, a manter os investimentos de longo prazo funcionando.
Isso porque, caso algum problema de última hora apareça, se você não tiver esse montante, ou vai se jogar em um empréstimo (olha o selo ‘golden’ de vacilão pintando na área) ou vai ter que resgatar esse investimento.
“Aí, provavelmente vai acabar esbarrando na volatilidade alta do ativo financeiro. E, claro, terá perdas”, afirma a educadora financeira.
Diante disso, já separa aquele montante que você vai depositar todo santo mês para a tal reserva de emergência. E já sabe: escolha um investimento de renda fixa com rápida liquidez para esse resguardo.
2. Investir sem conhecer seu perfil de investidor
Imagina só: você, como investidor, não quer correr grandes riscos, e aí, vai lá e investe em ações, que sobem e descem constantemente.
Na primeira queda, qual será a sua reação?
“Certamente ficará apreensivo e irá resgatar o dinheiro, o que não é uma decisão muito correta. Já que, provavelmente irá perder dinheiro com essa atitude”, alerta Lai Santiago.
Anota aí: quando a gente toma alguma decisão de investimento que não está alinhada com o nosso perfil, é muito alta a probabilidade de fazer um resgate que não deveria. E, claro, perder dinheiro.
Diante de uma situação dessas não tem como perdoar: o selo de vacilão vai ser todo seu.
Tenho certeza que não é isso que você quer, certo? Portanto, conhecer o seu perfil de investidor é primordial.
Ou seja, identificar se o seu perfil de risco é conversador, moderado ou arrojado.
“É importante, antes de definir qual o seu perfil de investidor, entender como você iria reagir diante de algum risco e o que busca com essas aplicações”, comenta a educadora financeira.
Geralmente, o investidor iniciante é conservador, ou seja, é avesso à volatilidade. Mas isso pode mudar conforme o contexto familiar, financeiro e até mesmo a conjuntura do país.
3. Não diversificar a carteira de investimentos
A palavra “diversificação” é uma das mais faladas entre os profissionais do mercado financeiro.
E não é por menos. Já que, se você aplicar o seu dinheiro em um único investimento, por mais que as chances de perda sejam mínimas, algo pode acontecer na economia.
Então, o seu rendimento vai derreter. Sem esquecer do atestado de vacilão que você irá receber…
“Investir deveria ser como construir uma adega de vinhos. Tem que ter aqueles vinhos que você quer tomar amanhã. Ou seja, aqueles rótulos mais simples. Mas também tem que ter aqueles vinhos de guarda, que vão estar prontos daqui 5 anos”, compara Gustavo Aranha, sócio e diretor de distribuição da GeoCapital.
Dessa forma, com o investimento é igual. É preciso ter na carteira alguns produtos de curto prazo, como renda fixa, por exemplo. E aqueles ativos que precisam de mais tempo, como ações e fundos de investimento.
Inclusive, a diversificação deve ser feita em vários níveis.
“Não só na classe de ativos, mas também variar nos nomes dos produtos, de empresas, no tipo de fundo e também nos países”, esclarece Aranha.
Portanto, construir uma carteira diversificada em várias camadas.
4. Não estudar sobre investimentos
Agora que você já entendeu que precisa ter uma reserva de emergência, necessita entender o seu perfil de investidor e diversificar a sua carteira, está mais do que na hora de começar a estudar um pouco sobre os produtos disponíveis.
E não adianta torcer o nariz, não. Ter o mínimo de conhecimento que seja a respeito dos ativos financeiros em que você está aplicando o seu dinheiro é uma forma de evitar alguns riscos no futuro.
Sem esquecer do nosso querido selo do vacilo, né?
“Quando você tem uma doença mais grave, ou está investigando algo de saúde, por exemplo, claro que vai ao especialista. Afinal de contas, você não é médico, mas quer entender o que o profissional da saúde está falando, o porque ele quer te operar ou não. Com o dinheiro deve ser a mesma coisa”, afirma Aranha.
É muito importante tentar entender porque aquela sugestão de investimento está sendo feita e questionar quem está fazendo esta indicação.
“Não precisa virar um investidor profissional. Mas ter um pouco de interesse, porque, depois, se der errado, é o seu dinheiro. Ninguém vai estar lá para te salvar”, alerta o diretor.
Portanto, procure boas fontes de conhecimento, como você encontra aqui na Inteligência Financeira.
Além disso, esteja em contato com um assessor que te explique o que está fazendo e por qual motivo aquele produto é adequado a você.
5. Focar na rentabilidade e deixar os riscos de lado
Quem não quer ver o dinheiro rendendo, não é mesmo?
Mas não se esqueça jamais que, para um investimento gerar bons lucros, o primeiro passo é analisar quais serão os riscos para alcançar esse montante.
Se não fizer isso, aumenta-se, e muito, as chances de nadar, nadar, nadar e morrer na praia.
Mas fica em paz, porque o troféu ‘vacilo do ano’ você vai ganhar, sem dúvidas.
“Rentabilidade é a ultima coisa que o investidor iniciante, ou não, tem que olhar. Primeiro de tudo é preciso analisar se o perfil está adequado para aquele ativo financeiro escolhido. Além de observar o momento econômico do país e de quem está investindo também. Aí, depois, você olha a tal rentabilidade”, afirma Lai.
6. Investir apenas para curto prazo
Alguns investidores, naquela ânsia de querer ter o dinheiro de volta logo, acabam aplicando todo o seu patrimônio em investimentos de curto prazo.
Então, é preciso segurar um pouco a ansiedade, e saber que a tal diversificação também envolve o prazo de resgate dos ativos.
“O correto é casar parte do dinheiro que vai usar a curto prazo com ativos de pouca volatilidade. Em seguida, incluir outra parte do patrimônio para ser resgatado a longo prazo com produtos de maior volatilidade”, aponta Aranha.
Mas, se a angústia de querer ver os resultados continuar batendo forte. Aí só tem uma solução (muito indicada, por sinal): terapia.
7. Só pensar em ter ganhos rápidos
“Se você quer ganho rápido, então não deveria estar no mercado financeiro”, enfatiza Lai Santiago. E eu senti o tapa na cara daqui com esse argumento.
Afinal de contas, para tentar conseguir esse tal de ganho rápido, é necessário entender que o risco de perder dinheiro será elevadíssimo.
Sem contar que quem quer ganho rápido, acaba caindo em golpes. Principalmente dessas empresas que se passam por corretoras de valores.
“Se você ganhou muito dinheiro rápido investindo em ação, por exemplo, foi mais sorte do que juízo e conhecimento”, aponta o diretor.
Aí, não tem outra solução, né: selo do vacilo chegando na área.
8. Não ter periodicidade nos investimentos
Vira e mexe aparece aquele investidor que pensa: “esse mês não sobrou muito dinheiro, então, nem vou aplicar. Vou é gastar, eu mereço”.
Olha, aplausos para quem age dessa forma. A medalha de vacilão vai gritar no peito desse investidor iniciante.
“Ao agir dessa forma, a pessoa não fortalece o hábito de investir. Afinal de contas, investimento tem que se tornar uma rotina na sua vida”, ensina a educadora financeira.
Portanto, mantenha sempre a constância no processo de aplicar o seu patrimônio. Mesmo que faça depósito de valores menores em meses mais apertados.
“Para o nosso cérebro, quando a gente guarda dinheiro, é como se estivéssemos perdendo, porque não estaremos usufruindo no curto prazo. Fazer a aplicação de maneira consistente faz com que a gente automatize um pouco esse processo. E aí, isso vai se tornando algo natural, da rotina”, instrui Lai.
9. Estimar uma rentabilidade fora da realidade
Dica preciosa: se alguém indicar algum ativo financeiro que tenha retorno muito maior do que a maioria dos investimentos da mesma categoria, foge que é cilada.
“É até possível montar uma carteira que mira uma rentabilidade alta, mas, provavelmente, ela será muito arriscada”, argumenta Aranha.
Então, a estratégia de investimento deve focar no tempo em que você vai aplicar. Afinal de contas, quanto mais tempo, maiores são as chances de o patrimônio rentabilizar.
Diante disso, fica a dica: olhe o contexto econômico atual, e aí, atualize o seu planejamento financeiro para ter parâmetros mais realistas.
A taxa Selic, por exemplo, é o instrumento de controle da inflação.
Portanto, com ajuda desse índice, é possível verificar em que momento é mais estratégico fazer aplicação em ações, em investimento atrelado à inflação, em renda fixa, e assim por diante.
Se você não seguir esse caminho, terá grandes chances de perder dinheiro e, claro, levar de brinde o selo de vacilão.
10. Pensar que os investimentos são apostas
Essa é para quem adora um desafio. Se for o seu caso, a sugestão é procurar algum joguinho na internet, como pôquer, por exemplo, e se divertir.
Só não vá fazer isso com o seu dinheiro. Porque aí não tem outra solução: é selo, é medalha, é troféu, todos os louros pro vacilão do ano.
Afinal de contas, se a aposta não der certo, você vai se frustrar muito, além de achar que não sabe investir.
“Forma uma cicatriz muito forte, um ranço do mercado financeiro. Como se a pessoa tivesse falhado no quesito investir o seu dinheiro. Só que é preciso entender, mais do que nunca, que dentro das finanças você tem que pensar numa construção de longo prazo, com consistência, entre outros fatores”, ensina Lai Santiago.
Já para Gustavo Aranha, investir é um exercício solitário, tranquilo e estudado. “A aposta é um processo com emoção e com adrenalina. É bem diferente”, afirma.
11. Ignorar a liquidez dos investimentos
Então, para encerrar a nossa lista dos erros mais cometidos pelo investidor iniciante vem essa: não levar em consideração o tempo que o ativo financeiro vai demorar para conseguir realizar o resgate do dinheiro.
Isso é extremamente importante. Afinal de contas, não dá para você investir em um produto com liquidez em 10 anos pensando em comprar uma casa daqui 5 anos, não é mesmo?
Vai dar ruim, com total certeza.
Então, olhe sempre quanto tempo vai demorar para resgatar todo o dinheiro. E, claro, se você tem todo esse tempo para esperar.
E nossa lista finalmente chegou ao fim. Agora é com você. Chega de cometer gafes. Ou então, é aquilo: o vacilo está aí, você só cai se quiser.