Metade dos brasileiros já usou criptomoedas; veja dicas para não cair em golpes com as moedas digitais

Além disso, 86% das pessoas gostaria que a sua instituição financeira oferecesse recursos para uso de criptomoedas
Pontos-chave:
  • O total de 49% dos 700 brasileiros participantes já fizeram algum tipo de transação com criptomoedas
  • A geração Z é a que menos se importa com a segurança nos meios digitais

Uma pesquisa da Mastercard, realizada em diversos países da América Latina, apontou que 49% dos 700 brasileiros participantes do levantamento já fizeram algum tipo de transação com criptomoedas. O uso do ativo digital foi realizado por meio de investimento, para pagamentos, ou ainda por simples curiosidade, como uma forma de experimentar a moeda.

De acordo com o estudo, que foi feito somente entre pessoas com acesso à Internet, quem ainda não usou as criptomoedas gostaria de testar esse tipo de serviço. Entre os brasileiros, 86% diz que gostaria de ter funções relacionadas a criptomoedas dentro da instituição financeira. E 72% afirma que daria preferência ao pagamento com moedas digitais desde que tivesse apoio de organizações de confiança. “Criptomoeda é um meio de pagamento financeiro emergente de grande importância”, afirma Estanislau Bassols, presidente da Mastercard no Brasil.

Como não cair em golpes com criptomoedas

Se você é um investidor ou uma investidora e está pensando em entrar no mundo das moedas digitais, saiba que é preciso tomar alguns cuidados para não cair em golpes. Claro que é difícil evitar um ataque hacker. Mas você pode tomar algumas atitudes para minimizar os riscos de um golpe. Por exemplo:

  • Escolha as exchanges (corretoras) conhecidas, que provavelmente são as maiores;
  • Não entre em um esquema que pareça fácil, com retorno imediato e alto;
  • Nunca dê dinheiro para uma pessoa e peça para ela investir por você. Faça você mesmo seus investimentos em moeda digital – e em qualquer outro ativo – e acompanhe as rentabilidades obtidas;
  • Cuidado com pressão excessiva: golpistas querem que a decisão de investimento seja rápida, sem planejamento ou reflexão, pois sabem que se o investidor parar para pensar ele pode não cair na fraude. 

Por isso, fica o alerta: sempre desconfie de discursos mirabolantes, nunca clique em links suspeitos e pesquise muito antes de investir. Somente instituições autorizadas a operar pelas entidades reguladoras e autorreguladoras, como a CVM e o Banco Central, podem intermediar e distribuir produtos financeiros. 

Você já realizou pagamentos eletrônicos?

Com a pandemia, acelerou-se a adoção de meios de pagamentos digitais. Segundo a pesquisa a nível global New Payments Index 2022, que entrevistou 35 mil pessoas em diversos países entre março e abril deste ano, o dinheiro em espécie vem cada vez mais perdendo espaço para o pagamento eletrônico.

No Brasil, 78% das pessoas responderam que usaram mais meios digitais emergentes (aqui entra Pix, transferências bancárias, cartões virtuais, dentre outros) contra 5% que passaram a usar menos esse tipo de transação. Por outro lado, 41% admitem ter usado menos dinheiro e apenas 30% está usando cédulas e moedas com mais frequência.

Em relação a pagamentos por aproximação, 65% afirmam que estão utilizando mais esse método, enquanto 56% passaram a recorrer mais a carteiras digitais, as chamadas e-wallets, que armazenam dados de cartões e dispensam o uso do plástico na hora da compra.

Entre os brasileiros, 86% usaram pelo menos um método de pagamento digital no ano passado. Além disso, 94% afirmaram que provavelmente usarão um método de pagamento digital no próximo ano.

Segurança nos meios digitais

Com criminosos sempre inovando em golpes e invasão de plataformas de dados, a segurança aparece com um item de grande importância para todos que usam pagamentos digitais. “Segurança sempre aparece como ponto fundamental para aderir aos meios de pagamento”, diz Estanislau.

A pesquisa da Mastercard aponta que quanto mais velhos, mais preocupados com segurança, sendo um item de grande relevância para:

  • 67% da geração dos Boomers (nascidos entre 1946 e 1964);
  • 53% para a geração X (aqueles com nascimento entre 1965 a 1980);
  • 50% para a geração Y (que são aqueles nascidos entre 1981 e 1996).

Os mais novos, da geração Z, são os menos atentos a isso.

O uso das ferramentas digitais para pelo menos uma tarefa financeira, como transferência ou pagamento de conta, foi realizado por 89% dos entrevistados. E para 63% deles, esses recursos permitem melhor controle do dinheiro.