Seis ações escolhidas pelo Itaú BBA para ter na carteira agora em maio de 2024

Radar de preferências do banco tem 19 teses de investimentos para os principais setores da bolsa de valores brasileira

O Itaú BBA informou seis novidades em sua estratégia de ações para investir em maio de 2024. Divulgada mensalmente, a carteira ‘Radar de Preferências’ tem 19 teses do banco para os principais setores da bolsa de valores brasileira.

Então, para o quinto mês de 2024 o Itaú BBA fez as seguintes trocas:

  • Multiplan (MULT3) no lugar de Allos (ALOS3) no setor de shoppings e properties;
  • Usiminas (USIM5) no lugar de Gerdau (GGBR4) no segmento de mineração e siderurgia;
  • Santos Brasil (STBP3) no lugar de Localiza (RENT3) no setor de transportes e serviços;
  • Sabesp (SBSP3) no lugar de Equatorial (EQTL3) no segmento de energia elétrica e saneamento;
  • BRF (BRFS3) no lugar de M. Dias Branco (MDIA3) no segmento de alimentos e bebidas;
  • WEG (WEGE3) no lugar de Random (RAPT4) no setor de indústria.

Nesse sentido, confira a seguir os fatores apontados pela instituição para ter as respectivas ações na carteira.

MULT3

“A Multiplan atua no segmento de administração e desenvolvimento de shoppings e destaca-se como pioneira no desenvolvimento de projetos multiuso – que consistem na construção, na proximidade de seus shoppings, de edifícios comerciais, prédios residenciais e hotéis, o que gera sinergias e fluxo de consumidores para os shoppings.

A companhia conta com um portfólio de 20 shoppings centers localizados nas principais regiões do país, com uma área bruta locável (ABL) própria de 706.181m², que geraram vendas de R$ 11,8 bilhões nos últimos 12 meses e um tráfego anual estimado de 190 milhões de visitas em 2019.

Atualmente, a Multiplan tem a nossa preferência no setor devido ao seu nível de desconto em relação aos títulos indexados à inflação, seu valor atrativo em relação às concorrentes Allos e Iguatemi, seu plano de expansão de ABL e seu portfólio premium, que pode conferir mais estabilidade em um cenário macroeconômico desafiador.”

USIM5

“A Usiminas é uma das maiores siderúrgicas do país, com foco na produção de aços planos, atendendo o mercado doméstico e exportações – as vendas da companhia giram em torno de 4-4,5 milhões de toneladas por ano.

A companhia tem a nossa preferência devido à história micro mais atrativa que os seus pares. No último ano, a Usiminas passou pela reforma do seu principal equipamento, o Auto Forno 3, que irá trazer ganhos de produtividade e de eficiência na utilização de insumos.

Mesmo com uma perspectiva mais cautelosa para minério de ferro e um mercado doméstico de aço ainda desafiador, entendemos que a companhia deve começar a ver melhora nas margens devido aos ganhos de eficiência com a reforma do último ano.

Além disso, vemos uma melhora na geração de caixa (~ 8% de yield) em relação ao último ano e a empresa sendo negociada a múltiplos atraentes entre (3.5 – 4.0 x EV/Ebitda).”

STBP3

“A Santos Brasil é a operadora do maior terminal de contêineres do porto de Santos, que, por sua vez, é o hub portuário mais importante da América Latina em termos de volume movimentado.

O balanço entre demanda e oferta no porto parece favorável à operação da Santos Brasil, dado que os competidores estão com limitações de capacidade ou foco em outros negócios, enquanto a companhia está focada em aumentar sua capacidade.

Ademais, a empresa está no pico do seu ciclo de investimentos, o que deverá implicar em uma forte geração de caixa para os próximos anos.”

SBSP3

“A companhia está em vias de ser privatizada, o que destravaria um enorme valor e geraria um potencial de valorização relevante para suas ações. O Governo do Estado de São Paulo abriu recentemente um processo de consulta pública para discutir o novo modelo de contrato de concessão entre a Sabesp e os municípios, bem como diversos documentos detalhando o novo marco regulatório que fará parte do contrato de concessão.

Os termos propostos são equilibrados, permitindo à Sabesp criar valor se operar de forma eficiente e cumprir as metas de universalização, e penalizar a empresa se operar mal e não atingir as metas.

Os documentos deixam menos espaço para uma abordagem discricionária por parte do regulador, especialmente em relação a itens-chave como reconhecimento de investimentos, cálculo de despesas operacionais e metas de eficiência.

Além disso, a empresa manteria todos os ganhos de eficiência gerados durante o primeiro ciclo tarifário (até dezembro de 2030) e provavelmente começará a compartilhar parte dos ganhos a partir do segundo ciclo.”

BRFS3

“A BRF é uma das principais empresas de produtoras de proteína in natura e congelados do mundo, fruto da fusão entre Sadia e Perdigão. No Brasil, a BRF conta com 40% de participação de mercado nas categorias de alimentos processados, com uma penetração de 92% dos lares brasileiros.

Além disso, a companhia possui uma presença global e forte atuação em relevantes mercados para o consumo de proteína in natura, como Ásia e Oriente Médio.

Acreditamos que a companhia deva continuar atravessando um período de expansão sequencial de margens no primeiro semestre de 2024, principalmente diante da relevante queda no custo de grãos vista nos últimos meses.

Esperamos que a BRF se beneficie da injeção de capital concluída em julho, que juntamente à progressiva entrega do plano de eficiências operacionais, deve representar uma melhor conversão de caixa neste ano.”

WEGE3

“A WEG é uma fabricante de equipamentos eletroeletrônicos e de componentes para o setor de energia com presença global. A empresa está exposta a diversas tendências de crescimento, como investimentos da indústria em geral em motores mais eficientes, transição energética para energias renováveis, eletrificação automotiva, dentre outras.

Aproximadamente 50% da receita da companhia é doméstica e o restante é composto por uma combinação de exportação e venda de produtos fabricados fora do país.

Enxergamos a WEG como uma combinação de crescimento e rentabilidade, ao mesmo tempo em que o modelo de negócio da companhia possui um perfil defensivo, considerando sua exposição a moedas fortes e segmentos resilientes (setor de óleo e gás, saneamento, mineração, energias renováveis etc.).

Olhando para frente, esperamos que a companhia mantenha a forte performance operacional em termos de rentabilidade, o que é explicado por um mix de produtos favoráveis, tendência positiva para preços dos produtos vendidos e cenário positivo em relação aos custos.

O crescimento, por sua vez, deve continuar forte, mantendo-se em dois dígitos ano a ano.”

Itaú BBA ainda recomenda

Por último, o banco manteve os outros 13 papéis entre as 19 melhores ações para investir e outros investimentos na bolsa de valores em maio. São eles:

  • Nubank (ROXO34), entre os bancos;
  • Direcional (DIRR3) e Cyrela (CYRE3), na construção civil;
  • SLC Agrícola (SLCE3), no agronegócio;
  • Ânima (ANIM3), na educação;
  • SBF (SBFG3) e Grupo Soma (SOMA3), no consumo;
  • Eletromidia (ELMD3), entre telecomunicações, mídia e tecnologia;
  • Hapvida (HAPV3), na saúde;
  • Caixa Seguridade (CXSE3), entre serviços financeiros;
  • Suzano (SUZB3), em papel e celulose;
  • PRIO (PRIO3), em petróleo, gás e petroquímicos;
  • Kinea Índice de Preços (KNIP11), entre os fundos imobiliários.