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Beta Antunes, da Hashdex: “Investir em criptomoedas não é fazer aposta”
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O ideal é investir no máximo 5% da carteira em criptomodas
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ETFs e fundos de investimentos são formas de o investidor colocar um pezinho em criptos de uma forma segura
Agora é o momento de investir em criptomoedas? Tentar adivinhar a resposta pode não ser uma boa estratégia, na avaliação de Beta Antunes, sócia e diretora de Crescimento da gestora Hashdex.
A executiva diz que ter moedas digitais em carteira precisa ser pensado dentro de um planejamento com prazo definido, exposição dentro do perfil de risco e sem o deslumbramento de conseguir o maior retorno em menor espaço de tempo possível. “Não é fazer aposta”, afirma.
Em entrevista à Inteligência Financeira, Antunes destaca que investir em criptos é para quem considera que “o blockchain vai ser a base para o desenvolvimento de produtos do futuro”. “Existe muita volatidade porque as premissas ainda estão sendo construídas. Como foi a internet anteriormente, o entendimento é que o blockchain pode ser base de uma nova economia”, diz.
A executiva da Hashdex fala mais sobre como ter uma carteira de criptos segura e balanceada, e dá dicas para não cair na tentação do lucro fácil e ser alvo de um golpe envolvendo ativos digitais. Confira os principais trechos da conversa:
Por que ter criptomoedas na carteira?
“A internet mudou o mundo, mas no começo não havia o entendimento de que seria a base de uma nova economia. Hoje, é muito difícil de entender o blockchain. Mas se você acredita que vai ser a tecnologia base para desenvolvimento de produtos no futuro, você tem que estar nesse mercado. Existe muito volatilidade porque ainda está em um momento bem inicial. As premissas estão sendo construídas e ainda vai levar um tempo até isso ser unanimidade, até as pessoas começarem a ter de fato. Investir em criptomoedas hoje é a chance de ter um pedaço dessa nova tecnologia do futuro.”
Como começar a investir em criptomoedas?
“ETFs e fundos de investimentos são formas de o investidor colocar um pezinho em criptos de uma forma segura. Um exposição direta em bitcoin, por exemplo, demanda um conhecimento maior e mais riscos à carteira. Porque envolve gestão de chave privada, prevenção contra ação de hackers e até burocracias de como declarar no Imposto de Renda e como essa aplicação passa para a família em caso de morte. Além disso, um fundo que compra os índices mais relevantes do mercado pode absorver a volatilidade de um ativo especificamente.”
Qual prazo ideal para investir em criptomoedas?
“Não é um investimento para quem vai precisar do dinheiro em seis meses. Não é fazer aposta. A gente avalia que em um horizonte de três anos a chance de perder dinheiro cai muito. Então é preciso olhar um horizonte de tempo maior.”
Qual pode ser a exposição ideal em criptomoedas na carteira?
“De 1% a 5% da carteira em média. Tem que ser uma fatia em que o investidor se sinta seguro, que seja confortável, que ele não fique olhando todos os dias. Isso ajuda na tomada de decisões, para não cair na cilada de tentar acertar o momento de comprar mais ou então de sair do investimento de uma forma precipitada. O importante é ter disciplina para ir fortalecendo o portfólio e também fazer um rebalanceamento até mesmo em ciclos de alta, para não ficar com a carteira tão exposta ao risco.”
Como escapar de golpes envolvendo criptomoedas?
“Não existe retorno garantido em investimentos de renda variável. Não tem milagare. Nunca acredite quando alguém te oferecer um retorno garantido, ainda mais acima do mercado. É uma balela. Nunca foi e nunca será verdade. Se você for investir com alguém, procure saber as credenciais daquela pessoa, se ela tem todas as autorizações para trabalhar no mercado. Se o plano for muito bom, busque entender. Porque não vai ter para quem recorrer em caso de prejuízo.”
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