No universo dos investimentos, existem opções para todos os gostos – desde os investidores com perfil mais cauteloso até aqueles bem agressivos. Nesse sentido, os investimentos de alto risco podem ser uma opção para quem busca mais rentabilidade e não se importa em arriscar. Como o próprio nome sugere, eles são mais voláteis e, portanto, menos seguros. “Um dia você pode ganhar muito, no outro pode perder tudo, e aí ganhar de novo. São ativos que oscilam bastante”, explica Thiago Martello, especialista em investimentos e educador financeiro.
Ações, câmbio e mercado futuro são alguns exemplos. “Temos ainda outros tipos de produtos não regulamentados, como as criptomoedas, que são ainda mais arriscados. São investimentos de alto risco, porque têm alto índice de especulação e ao mesmo tempo nenhum regulador”, ressalta o especialista.
Vale a pena investir?
Depende. “Se você não se importa em correr riscos para tentar aumentar consideravelmente sua rentabilidade, pode fazer sentido. Porém, se você não está preparado para tomar riscos nesse momento, acredito que a renda fixa pode ser a melhor opção. Com a Selic nos dois dígitos, você pode ter um rendimento considerável. Tudo depende do seu momento e do horizonte de investimento”, explica Thiago.
O primeiro cuidado para investir em ativos de alto risco, segundo o especialista, é buscar produtos regulamentados e com suporte jurídico. “Acredito que isso seja importante, porque, se acontecer qualquer coisa, você tem o apoio da lei. O segundo cuidado é se conhecer e se respeitar. Se você não tem perfil de risco e investir nesses ativos pode tirar seu sono, não faz sentido”, ressalta. Por fim, é fundamental buscar orientações em uma casa de análise, corretora ou em um banco.
Qual a melhor estratégia?
Na visão de Thiago, por ser um mercado muito volátil, é importante reservar um dinheiro que não lhe fará falta. “Você não pode, por exemplo, separar uma quantia que seria para pagar contas básicas”, explica. Dito isso, a principal estratégia para investir em ativos de alto risco, na visão do especialista, é a buy and hold — usada, inclusive, por Luiz Barsi, um dos maiores investidores individuais da bolsa brasileira, que consiste em comprar ativos e ficar com eles por um longo período. “Como é um investimento de alto risco, sabemos que ele vai oscilar no meio do caminho. Se você compra e tenta ganhar dinheiro no curto prazo, pode cair do cavalo. O ideal é manter o ativo por mais tempo, já que a chance de ter um retorno é maior”, ressalta Thiago.