Itaú distribui seu primeiro fundo de criptoativos; entenda como funciona o investimento

Produto busca retorno superior ao Nasdaq Crypto Index (NCI), criado pela Hashdex em parceria com a Bolsa americana
Pontos-chave:
  • Fundo terá gestão de risco com limite de exposição total em cripto
  • Volatilidade será relativa ao benchmark

A Hashdex lança nesta segunda-feira (11) seu novo fundo de investimento em criptomoedas, o Hashdex Crypto Selection FIC FIM, primeiro produto de ativos digitais distribuído pelo Itaú, com exclusividade pelos primeiros três meses. O fundo, que é aberto para todos os investidores e tem aplicação mínima de R$ 1, buscará retornos superiores ao índice NCI (Nasdaq Crypto Index), conhecido e acessível no Brasil pelo ETF HASH11. Inicialmente, o novo fundo será composto pelos ETF HASH11 (35%), que representa a cesta de criptoativos do NCI; ETF BITH11 (20%), um produto 100% bitcoin; ETF WEB311 (18%), que aposta na infraestrutura de contratos inteligentes (smart contracts); DEFI11 (16%), que investe em finanças descentralizadas; e ETF ETHE11 (11%), que aporta 100% dos recursos em ethereum, a segunda cripto mais negociada nos mercados.

“O fundo Hashdex Crypto Selection vai contar com a gestão dinâmica, a partir de escolha das teses de investimento e rebalanceamento dos produtos, além de movimentos táticos, acompanhamento de eventos relevantes no universo cripto, entre outras estratégias”, explica a instituição, em nota. “Além disso, vai contar também com uma gestão de risco, com limite de exposição total em cripto e volatilidade relativa ao benchmark.”

A taxa de administração do novo fundo será de 2% ao ano, e a taxa de performance será de 20% do que exceder o índice NCI, em reais. O prazo de resgate é de D+21 para cotização e D+1 para liquidação.

“Desde 2018, a Hashdex vem desenvolvendo e acompanhando as diferentes teses de investimento do universo cripto”, afirma Marcelo Sampaio, presidente da Hashdex. “Por meio da análise dos grandes ciclos e das dinâmicas setoriais, é possível identificar vantagens relativas entre diferentes ativos e teses, bem como reconhecer eventos específicos que impactem os preços.” Segundo ele, o fundo busca alocação dinâmica a essas teses. “O investidor poderá ter exposição a um portfólio de criptoativos mais amplo que o do NCI e balanceado estrategicamente para buscar retornos superiores ao índice no longo prazo”, reforça.

Para o diretor de produtos de investimento e previdência do Itaú Unibanco, Claudio Sanches, a distribuição do Hashdex Crypto Selection complementa a prateleira de produtos que acessam as áreas de criptoativos e blockchain, já oferecidos pelo banco. “Aos clientes que desejam essa alocação, queremos propiciar um produto que consideramos ter uma configuração mais segura em relação a alternativas mais populares, apesar da altíssima volatilidade do ativo final”, afirma.