Ações baratas: conheça 5 ações que custam até R$ 5

Analistas avaliam as opções de ações baratas e com valor de mercado

Muita gente ainda acredita que é preciso ter muito dinheiro para investir. Mas você já viu aqui na Inteligência Financeira que isso não é verdade. Aliás, hoje vamos te mostrar ações abaixo de R$ 5.

Você vai ver que é possível investir em ações baratas e ao mesmo tempo com boas perspectivas de lucro, principalmente no longo prazo.

@sigaif

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Qual é a diferença entre preço e valor?

Mas antes de começar a investir, você precisa conhecer a diferença entre o preço e o valor. Uma ação com preço baixo pode estar com o valor alto.

Por exemplo, uma ação pode custar R$ 1, mas se as perspectivas não são boas, seu valor já está alto.

Com isso, uma ação que custa R$ 100 pode ser considerada cara, mas com valor baixo, caso tenha potencial para seu preço subir ainda mais.

Nos nossos exemplos, vamos apresentar ações baratas, abaixo de R$ 5, e com boas perspectivas de crescimento na bolsa, segundo analistas.

Quais são as ações baratas e abaixo de R$ 5?

Até o fechamento do dia 31 de março, 29 ações na bolsa custavam abaixo de R$ 5. A seguir, você encontrará 5 boas opções para investir, de acordo com especialistas.

Marcopolo (POMO4)

Líder na fabricação de carrocerias de ônibus no Brasil, a gaúcha Marcopolo (POMO4) é uma das ações fora dos radares que está num bom patamar de preços. Quem afirma é Lucas Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital.

Aliás, a empresa apresenta alta de cerca de 20% no último ano e está cotada a R$ 3,20. “A empresa possui um PL abaixo de 7, e tem negociado um pouco abaixo de seu valor patrimonial, o ROE se encontra em 14% e margem liquida acima de 8%”, afirma. 

Além disso, de acordo com ele, a empresa apresenta uma boa geração de fluxo de caixa e baixa alavancagem com relação ao seu patrimônio líquido, ainda pagando 7% de dividendos nos últimos 12 meses, deixando assim suas ações atrativas para os investidores.

Multi (MLAS3)

A Multi (MLAS3), antiga Multilaser, está há mais de 30 anos no mercado de eletrônicos no Brasil. No entanto, apresenta queda de cerca de 75% em um ano. Já para Lucas, custando R$ 1,41 a ação, o momento é de compra.

“As ações da empresa têm sido negociadas a um PL de 2,60, ou seja, nos dados atuais a empresa demoraria 2,6 anos para pagar o preço dela através de seus lucros. O Preço/Valor Patrimonial da empresa está em 0,28, então estamos adquirindo o patrimônio da empresa por menos de 30% de seu valor”, diz.

Aliás, segundo ele, a Multi (MLAS3) apresenta boas margens e um ROE de 10%, dentro do setor. “Sem dúvida é a empresa mais barata”, diz.

Queda de juros no horizonte?

Trisul (TRIS3)

Com cerca de 40 anos de mercado, a construtora Trisul (TRIS3) tem mais de 60 mil unidades entregues. Mas no último ano, as ações vêm em baixa de quase 40%. Ela é outra opção que Lucas aponta como momento de compra.

“Também tem sido negociado muito abaixo de seu valor patrimonial e apresenta uma baixíssima alavancagem em comparação ao setor, além de estar com um Dividend Yield de 7%”, diz”.

Aliás, segundo ele, o ponto de atenção mais relevante na empresa é o seu baixo ROE.  “Deve aumentar no médio prazo em detrimento do possível começo de corte na taxa SELIC, aliviando o custo da dívida da empresa e facilitando o aumento de receita pelo cenário econômico”,afirma.

Além disso, o especialista afirma que com a expectativa de redução da taxa de juros, das três empresas citadas por ele, as que mais se irão se beneficiar serão MLAS3 e TRIS3.  

“Justamente por se aliviarem no custo da dívida e proporcionalmente apresentarem um desempenho muito melhor num cenário econômico de juros mais baixos. Porém, todas as empresas podem ser consideradas baratas, se continuarmos vendo crescimento acrescido de estabilidade financeira e boa gestão, podemos esperar uma boa valorização para todos os papéis no longo prazo”, diz.

Empresas gigantes com ações baratas e abaixo de R$ 5

Nubank (NUBR33)

A fintech brasileira listada em Nova York atingiu em 2022 um total de 74,6 milhões de usuários. Um aumento de 38% em um ano, destacando o banco como um dos maiores, de mais rápido crescimento e a sexta maior instituição financeira da América Latina em número de clientes ativos.

No entanto, vem de queda de cerca de 65% desde seu IPO em 2021.”Nubank apresentou finalmente um lucro de 58 milhões de dólares no quarto trimestre totalizando quase 75 milhões de clientes. Só no Brasil, o lucro ficou em 138 milhões de dólares no quarto trimestre”, diz Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos e pós-graduado em análise financeira.

Segundo ele, talvez tenha chegado a hora do Nubank ser consistente. “As margens têm melhorado, a empresa tem aumentado a sua base de originação de crédito, o que é bom, que é assim que o banco ganha dinheiro”, diz.

Klabin (KLBN4)

Uma das gigantes fabricantes de papel do país, a Klabin (KLBN4),também é opção abaixo de R$ 5. Com queda de cerca de 20% no último ano, o papel é negociado atualmente a R$ 3,65.

“Aliás,  é uma uma empresa perene, uma empresa de um setor perene que é de papel e celulose. Uma empresa super robusta e que hoje está a bons preços. São ações que não  são especulativas.”, afirma Paula Bento, sócia da HCI Invest e Planejadora Financeira CFP® pela Planejar.

Ela lembra que a empresa é pagadora de dividendos. “É uma ação muito comprada por pessoas que focam em dividendos então e muito frequentemente está no radar de grandes investidores”, diz.

Um deles é o maior investidor individual do Brasil, Luiz Barsi. A Klabin integra a carteira do bilionário.

Ações do varejo

Outro grupo de ações abaixo de R$ 5, mas que atualmente tem sofrido mais com oscilações e volatilidade são as empresas do varejo.

Paula lembra que estas companhias podem vir a se beneficiar com uma queda de juros. “Porém são empresas que dependem muito do poder de compra do consumidor e dependem de um ciclo e queda de juros para terem um destravamento do preço de suas ações”, adverte.

Neste grupo ela cita as ações da Magazine Luiza (MGLU3), cotada próximo aos R$ 3,30 e Via Varejo a R$ 1,80. As duas empresas perderam quase 90% do valor de mercado desde o início da escalada dos juros em 2021.