Conheça as ações e os ETFs mais negociados por brasileiros nos EUA; saiba como investir fora do Brasil

Na lista aparecem duas empresas brasileiras: Nubank e Vale

- Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF
- Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF

Diferente do ano passado, janeiro deste ano foi um mês de queda no mercado de ações americano e aumento da volatilidade. Mesmo assim, os brasileiros não se intimidaram e continuaram investindo em ações e ETF na Bolsa americana.

Segundo levantamento da corretora internacional Stake, a partir de dados de negociação da própria plataforma, mesmo em um momento menos favorável às ações de empresas de tecnologia, com a expectativa de alta de juros nos Estados Unidos também, das 10 ações mais negociadas por brasileiros nas Bolsas americanas em janeiro, seis são as maiores de tecnologia: Apple, Tesla, Microsoft, Meta (ex-Facebook), Amazon e Alphabet (dona do Google).

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“Os brasileiros aproveitaram a baixa das cotações para comprar ações de tecnologia. No caso da Alphabet, holding do Google, a estratégia pode já ter se pagado, uma vez que as ações dispararam depois que a companhia divulgou o resultado do quarto trimestre de 2021”, afirma Rodrigo Lima, analista de investimentos da Stake.

Quem não teve a mesma sorte foram os investidores da Tesla, já que mesmo após divulgar um balanço extraordinário, a companhia rebaixou a sua projeção de resultado para 2022 por acreditar que a crise logística deve persistir e impactar sua receita durante o ano.

Duas empresas brasileiras

E no ranking de ações deste mês, uma novidade. Há duas empresas brasileiras: o Nubank, banco digital brasileiro com capital aberto nos Estados Unidos e os ADRs da Vale .

“Em relação as companhias brasileiras há duas movimentações. A primeira é o alto volume de negociação das ações do Nubank, cujas ações caem mais de 33% desde o IPO em dezembro, perdendo o posto de maior banco da América Latina. Com isso, alguns brasileiros aproveitaram as cotações mais baixas para ir às compras enquanto outros desistiam e zeravam suas posições”, comenta Lima.

Já no caso da Vale, o grande volume de negociação das ações da mineradora é explicado pela alta do minério de ferro, que impulsionou o preço das ações da companhia.

As 10 ações mais negociadas por brasileiros

Veja abaixo os papéis mais negociados pelos investidores brasileiros em janeiro:

  • Apple, Inc. (AAPL)
  • Tesla, Inc. (TSLA)
  • Microsoft Corporation (MSFT)
  • Meta Platforms Inc (FB)
  • Coca-Cola Company, The (KO)
  • NU HOLDINGS LTD. (NU)
  • Amazon.com Inc. (AMZN)
  • Walt Disney Company, The (DIS)
  • Alphabet Inc. – Class A Shares (GOOG)
  • Vale S.A. (VALE)

ETFs do setor imobiliário

Em relação aos ETFs mais negociados, o brasileiro segue procurando investimentos imobiliários nos EUA através dos REITs, que se assemelham aos fundos imobiliários aqui no Brasil. O grande destaque em volume de negociações foi o REIT Vanguard ETF (VNQ), que lidera o ranking de ETFs.

A Stake também identificou um interesse em dividendos através dos ETFs S&P 500 Dividend Aristocrats Proshares (NOBL), que investe nas maiores distribuidoras de lucro do índice S&P 500; e do Global X SuperDividend ETF (SDIV), que escolhe as maiores pagadoras de dividendos de todo o planeta.

Investimentos mais sofisticados

Com o aumento da volatilidade em Wall Street, brasileiros também utilizaram instrumentos sofisticados para lucrar mesmo nos momentos de queda das bolsas. “Vemos isso no alto volume de transações do ProShares Ultra VIX Short-Term Futures ETF (UVXY), que replica o VIX, índice de volatilidade da Bolsa de opções de Chicago (CBOE) com alavancagem de 1,5 vez, mas também no alto volume de negociações do ProShares UltraPro Short QQQ (SQQQ), que aposta na queda do índice da Nasdaq-100 com alavancagem de 3 vezes, ou seja, se o índice da Nasdaq cai -2%, o fundo sobe +6% e vice-versa”, finaliza o executivo.

Os 10 ETFs mais negociados por brasileiros

Conheça abaixo os 10 ETFs mais negociados por brasileiros em janeiro:

  • REIT Vanguard ETF (VNQ)
  • ProShares Ultra VIX Short-Term Futures ETF (UVXY)
  • Invesco QQQ Trust Series 1 (QQQ)
  • S&P 500 Vanguard ETF (VOO)
  • Global X SuperDividend ETF (SDIV)
  • Core S&P 500 iShares ETF (IVV)
  • Global X Uranium ETF (URA)
  • S&P 500 Dividend Aristocrats Proshares (NOBL)
  • Global X NASDAQ 100 Covered Call ETF (QYLD)
  • ProShares UltraPro Short QQQ (SQQQ)

Como investir fora do Brasil

Investir fora do Brasil deixou de ser algo complexo, burocrático e para poucos. Até porque no exterior existem ações de setores que não têm presença no Brasil, como biotecnologia, e mesmo empresas de tecnologia. Outro ponto importante: a quantidade de empresas que seguem à risca o ESG é maior. Se isso for um valor para você, bingo.

Dentro das facilidades, há corretoras que não cobram taxa de manutenção da conta nem de custódia, e ainda fazem o cálculo automático do Imposto de Renda devido. Tanto que cada vez mais investidores brasileiros estão indo para fora do Brasil. Roberto Lee, CEO da Avenue, corretora de valores focada em ativos americanos, conversou com exclusividade com a IF. Para ele, um dos pontos altos da procura por ativos estrangeiros é a diversificação e a busca pela redução do risco Brasil – muito embora você encontre nos produtos internacionais o risco do câmbio e do ativo em si. Vale conferir a entrevista que Lee concedeu à Inteligência Financeira abaixo:

Roberto Lee: Investir fora do Brasil - como fazer? | Inteligência Financeira

Com reportagem do Valor Investe

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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