Gastar ou investir: o que NÃO fazer em 2024?

Os últimos anos nos mostraram que a inflação pode ser fortemente afetada pelas incertezas e pela falta de clareza do que está por vir

Existe um livro de desenvolvimento pessoal que virou o queridinho de muita gente. Chama-se “Essencialismo: A disciplinada busca por menos” de Greg McKeown. É uma obra interessante especialmente para quem está buscando repensar os hábitos de consumo, uma vida leve e sem exageros. Afinal, o que é melhor: gastar ou investir?

Neste livro, o autor sugere que, quando temos o ímpeto de uma compra, no fundo no fundo, sabemos exatamente quando é óbvio distinguir quando gostamos – e que vamos usar – de quando achamos interessante mas é bem provável que fique encostado no armário.

Na dúvida entre gastar ou investir

Baseado nisto, o livro dá uma dica quando estamos em dúvida entre comprar e evitar: se não for um ‘sim’ óbvio, então a resposta é ‘não.’” Então, gastar ou investir?

Mas se tentarmos replicar esse conselho para os investimentos (o que comprar e o que não comprar), fica mais difícil. Quem é capaz de acertar na mosca qual é o melhor ativo para investir em 2024?  

Por isso, o caminho de encontrar o “sim óbvio” parece mais complicado. Então hoje quero te ajudar a, pelo menos, achar aquele “não, óbvio”.

O que NÃO fazer em 2024?

Não começaria o ano de 2024 sem antes ter planejado pagar menos Imposto de Renda, através de um plano de previdência privada que diminui a base de cálculo do imposto. Se você recebe renda tributável e pode aumentar a restituição em 2024, já temos aqui o primeiro passo (ainda em 2023).

Por trabalhar no mercado financeiro, sei como é fascinante querer conhecer todas as possibilidades de ganho com diferentes ativos. Porém, isso pode ser uma armadilha para os iniciantes. Não queira começar a diversificar sua carteira sem antes ter uma boa reserva de emergência. Antes de querer decorar as paredes, procure construir uma boa fundação.

Em 2022, tivemos a tentativa de recuperação econômica pós-covid através de estímulos monetários. Vimos guerras e conflitos geopolíticos se desenhando, e um problema de desabastecimento na cadeia produtiva mundial.

Em 2023, vimos as consequências do pós-covid. A inflação preocupou os bancos centrais. A quebra de bancos americanos também assustou, mas, felizmente, a recessão americana não afetou o dia-a-dia já que o FED garantiu os depósitos dos cidadãos americanos. O efeito dominó que assustou, não veio.

Eleições norte-americanas em 2024 

2024 será um ano de eleições americanas. O resultado deste pleito pode levar o mundo para caminhos muito distintos. A esta altura, ainda não sabemos se os democratas serão reeleitos ou se a volta de Trump é possível. O resultado é a questão geopolítica completamente imprevisível.

Os últimos anos nos mostraram que a inflação pode ser fortemente afetada pelas incertezas e pela falta de clareza do que está por vir.

Em 2024, eu não perderia aquelas oportunidades de, em momentos de queda do dólar, resguardar parte do patrimônio.

Não passaria 2024 sem uma conta global para dolarizar uma parte da carteira.