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1 ano de IF – Missão: investimento para filhos nos próximos 12 meses
A Inteligência Financeira está fazendo 1 ano com uma missão: te dar suporte para que você possa cuidar bem do seu dinheiro. E pensamos nisso em vários sentidos: para você poder investir melhor, pagar suas dívidas, tirar os sonhos do papel e pô-los em prática.
E um desses assuntos envolve filhos. Aliás, mais especificamente, investimento para filhos. Não importa a idade, nem o objetivo final do dinheiro. Afinal, seu bebê pode ter 15 meses ou 15 anos. E seu plano pode ser ter grana para colocar ele numa boa escolinha daqui a um ano, ou ter dólares suficientes para mandar o adolescente para a Disney… Ou até ajudar a moça a mochilar pelo mundo.
No fundo, o que importa é a estratégia de investimento, a inteligência financeira que vai direcionar seu bolso no rumo do seu objetivo.
Então, bora lá.
Como organizar as finanças pensando nos seus filhos
Há alguns passos que você deve dar e que são relativamente fáceis. Vamos a eles:
1. Tenha uma meta clara
Digamos que sua filha ainda seja bebê de colo. Ou que seu adolescente já saiba exatamente a profissão que queira seguir dali a poucos meses. Pois bem, independente disso, ela ou ele continua sendo seu filho. Portanto, em alguma medida, deve precisar de uma ajuda financeira dos pais. Se nunca precisar – o que será pouco provável -, o dinheiro fica investido.
Dessa forma, ter um objetivo claro motiva a família a investir. Sim, a família toda: pais, avós, padrinhos, tios devem circular em torno desse objetivo. Isso ajuda e motiva todos.
2. Qual o melhor investimento para filhos?
Há uma gama bem variada de investimentos, seja na renda fixa, seja na variável.
Assim, Lai Santiago, educadora financeira da fintech de crédito Open Co, recomenda os investimentos de renda fixa com garantia do FGC (CDB, LC, LCI ou LCA) pós e prefixados, desde que o prazo seja coerente ao objetivo.
“Estude também os títulos públicos federais (Tesouro Direto), no caso, o tesouro Selic, ou fundos de investimento de renda fixa”, diz Lai.
Alexandre Brito, sócio e gestor da Finacap Investimentos, segue a mesma linha de raciocínio.
“Ativo mais conservador é a melhor opção. O risco da renda variável é válido para quem pode esperar três anos, pelo menos. E nos próximos 12 meses, os juros ainda devem estar entre 10% a 12% ao ano”, diz Alexandre.
“Melhor focar em Tesouro Selic e em CDB de grandes bancos, ainda que o resgate de um ano não entre na alíquota mínimo de Imposto de Renda“, que tem ainda garantia do FGC.
3. Onde NÃO investir nos próximos 12 meses?
Há alguns ativos que você deve evitar. Lai explica que os títulos públicos federais prefixados ou atrelados à inflação são alguns deles. Isso porque “sofrem oscilação de preço no curto prazo e os pais podem acabar perdendo um pouco caso o resgate coincida com um desses momentos”, afirma Lai.
E as ações, além de toda a renda variável? Como estamos falando de um prazo considerado curto pelos especialistas, é melhor evitar. “Eles também têm muita oscilação”, diz a educadora financeira.
4. Como evitar a tentação de sacar antes do prazo?
Lai tem uma técnica bem boa para que os pais não saquem o investimento dos filhos antes do prazo. “Uma das alternativas é jogar com a liquidez, escolher investimentos que só permitem o resgate na data de vencimento e que essa data seja coerente à do objetivo traçado.”
Outra maneira é separar o valor em um investimento específico, usando até outro banco, diferente daquele que os pais utilizam no dia a dia e dos seus próprios investimentos.
“A economia comportamental mostra que quando atrelamos significado para o dinheiro (dinheiro do meu filho, dinheiro da aposentadoria, dinheiro da viagem) e delimitamos investimentos específicos para isso, a nossa tendência é imprimir uma percepção de valor maior sobre ele”, diz.
“Com isso, sentimos mais dor diante da possibilidade de perder o dinheiro ou de sabotar o objetivo e acessamos outro viés comportamental: a aversão à perda. Isso faz com que a gente evite ao máximo “se assaltar” no meio do caminho”, ela complementa. Bacana, não?
5. Contar ou não para o filho que ele já tem dinheiro investido?
Quem tem filhos mais velhos muitas vezes se veem num dilema: contar ou não que a família está investindo no nome dele?
Lai é categórica: “É melhor contar, para que os filhos, pouco a pouco, entendam os mecanismos do mercado financeiro, a lógica dos juros compostos e aprendam a tomar decisões financeira de forma qualificada”.
A educadora financeira explica ainda que, como a intenção é promover a autonomia do adulto que ele vira a se tornar, o ideal é fazer com que ele participe de todo o processo decisório. “Talvez, no início e a depender da idade do filho, você precise estabelecer as regras do jogo para evitar comportamentos mais impulsivos e preservar a reserva que está sendo formada. Mas a ideia é que pouco a pouco o seu filho entenda a importância da escolha intertemporal: deixar de aproveitar no hoje para aproveitar mais e melhor no futuro.
Investimento para filhos sempre
Agora, se sua estratégia de investimentos para os filhos é mais perene, ou seja, vai além do próximo ano, dá uma olhada na entrevista abaixo.
O mestre em economia Edgar Abreu, especializado em finanças, explica como os pais podem investir pensando no futuro de seus filhos:
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