Super Quarta deve ter novo corte da Selic no Brasil e pausa no aperto monetário nos EUA

Reuniões do Copom e do Federal Reserve definem taxas de juros aqui e lá fora

A Super Quarta vem aí! Mais do que as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, praticamente consolidadas, os agentes financeiros estarão atentos aos recados do Copom (Comitê de Política Monetária) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

A seguir, a Inteligência Financeira apresenta o calendário econômico dos fatos mais importantes para acompanhar nos próximos dias.

Tradicionalmente, a semana no mercado brasileiro começa com a divulgação do Boletim Focus, na segunda (18), às 8h25. O relatório do BC tem trazido, entre os destaques, revisões para cima das expectativas de crescimento do PIB do país – que se aproximam da faixa de 3%.

Aliás, o BC informa na terça (19) o IBC-Br de julho. O indicador mensal da evolução da atividade econômica é considerado uma prévia informal do PIB, que é revelado a cada trimestre pelo IBGE.

Ainda na terça, começam no Brasil e nos Estados Unidos as reuniões do Copom e do Fed, respectivamente.

Em resumo, o primeiro dia dos encontros são marcados por apresentações do corpo técnico das autoridades monetárias. São números que vão embasar as discussões até as decisões em si, que serão conhecidas na quarta (20).

Assim, mirando os negócios no mercado de ações, a tendência é de cautela e volatilidade até as definições.

Discurso de Powell é o que importa

O Fed é quem divulga primeiro divulga a sua decisão, pontualmente às 15h30. Trinta minutos depois, Jerome Powell, o presidente do BC americano aparece publicamente para explicar o anunciado e responder as perguntas dos jornalistas.

Até a última sexta (15), a plataforma de monitoramento do CME Group apontava 97% de chance de o Fed manter a taxa de juros no atual patamar, no intervalo de 5,25% a 5,50%.

Porém, para o encontro de novembro, a aposta estava menor, em 68,5%.

Já o palpite de que o Fed pode subir os juros agora, para a faixa de 5,50% a 5,75%, era de apenas 3% – e saltava para 30,6% no prognóstico para a próxima definição.

Com isso, os investidores esperam mesmo as sinalizações de Powell sobre se o aperto monetário nos EUA chegou ao fim ou se haverá uma pausa com a chance de um novo aumento ainda no radar.

Copom vai deixar brecha para acelerar cortes?

Na sequência da quarta, já com o mercado fechado, o Copom deve anunciar uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, para 12,75%. Se a decisão não tende a ter surpresas, o foco fica para o comunicado com o que o colegiado vislumbra para as próximas reuniões.

Possivelmente, o comitê vai sinalizar uma nova baixa de 0,50 ponto percentual no encontro de novembro.

Mas os agentes vão avaliar se o tom do documento abre espaço para uma aceleração do ritmo do afrouxamento monetário.

Aqui na Inteligência Financeira, na semana passada, demos que o Itaú Unibanco já projeta um corte de 0,75 ponto percentual em dezembro, fazendo com que a Selic feche 2023 em 11,50%.

A cobertura completa você confere aqui com a gente.

Calendário Econômico – 18 a 22 de setembro

Segunda (18)

08h: IGP-10 (Ibre-FGV)
08h25: Boletim Focus (Banco Central)

Terça (19)

Início da reunião do Copom
Início da reunião do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos
09h: IBC-Br/Índice de Atividade Econômica de julho (Banco Central)
22h15: Taxa Preferencial de Empréstimo do Banco Popular da China

Quarta (20)

10h15: Monitor do PIB (Ibre-FGV)
15h: Decisão de juros nos Estados Unidos (Fed)
15h30: Coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed
Após as 18h: Decisão de juros no Brasil e comunicado do Copom

Quinta (21)

08h: Decisão de juros no Reino Unido (BoE)

Sexta (22)

Sem indicadores relevantes