Boletim Focus

O Boletim Focus é divulgado pelo Banco Central toda segunda-feira, às 8h30, com projeções considerando as expectativas de especialistas do mercado financeiro para o PIB, IPCA, IGP-M, Selic, câmbio, entre outros indicadores. Por que ele é importante? Porque o Focus é considerado um termômetro para se entender o momento e os rumos da economia brasileira.

O Boletim Focus também serve como uma bússola aos investidores ao identificar tendências que podem influenciar as aplicações, como um ciclo de ajustes na taxa básica de juros ou um cenário de disparada dos índices de inflação. A pesquisa ainda embasa o Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião realizada a cada 45 dias em que é definida a Taxa Selic Meta.

Como é feito o Boletim Focus?

A produção do Focus é como uma linha de montagem de uma fábrica. O relatório é um agregado de projeções feitas por cerca de 140 instituições, como bancos, gestoras de recursos, empresas não-financeiras, consultorias, associações de classe e até universidades.

Primeiro, os analistas e especialistas das entidades coletam as estimativas por pesquisas junto a profissionais de mercado ou consumidores, ou recorrendo a dados captados a partir da negociação de ativos financeiros.

Em seguida, o Banco Central recebe as informações, via Sistema Expectativas de Mercado, até a sexta-feira que antecede a publicação de um novo documento.

Só a partir disso é que o Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (GERIN) faz a consolidação do material e na segunda-feira, logo pela manhã, a pesquisa é divulgada no site oficial e nas redes sociais do Banco Central, além de ser amplamente repercutida na mídia e outras fontes ligadas ao mercado financeiro.

Você quer receber o Focus?

Então, basta preencher um cadastro simples neste endereço: www.bcb.gov.br/controleinflacao/inscricao_focus

Como tudo começou?

A versão informatizada do Focus existe desde novembro de 2001. Antes disso, o próprio Banco Central reconhece que o processo era bem confuso. Primeiro por conta do quadro de incertezas que se seguiu ao fim da âncora cambial e a forte valorização do dólar. Depois pelo fato de as informações serem repassadas por telefone, fax ou correio eletrônico, o que poderia aumentar a chance de erros. A digitalização acabou com tudo isso. E o relatório vem desde então sendo aperfeiçoado, tanto pelo maior número de instituições envolvidas no estudo, quanto pela incorporação de novas variáveis macroeconômicas, como outros indicadores de inflação, taxa de câmbio, taxa de juros e dados fiscais.

A interpretação do Boletim Focus em cinco passos:

1) Ao abrir o relatório completo, tanto das estimativas para o ano corrente quanto para os três próximos, a informação mais importante é a que aparece na coluna “Hoje”. Ela traz o número atualizado da projeção para cada um dos indicadores;

2) Outro tópico importante é o “Comportamento semanal”, que sinaliza se houve variação (queda ou alta) ou se o indicador ficou estável em relação ao levantamento anterior;

3) Na coluna “Há 1 semana” é possível identificar qual foi a oscilação numérica entre os dois últimos boletins;

4) Já o pilar “Há 4 semanas” mostra o histórico do indicador há um mês;

5) Como nem todas as instituições fazem uma avaliação completa dos indicadores, a última coluna destaca o número de respostas na amostra mais recente divulgada. Uma base maior ou menor dá mais clareza sobre o quadro geral na hora de fazer a análise do relatório.

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