IF HOJE: IGP-M de outubro, que reajusta aluguel, fica em 21,73% em 12 meses

O que mais pesou no mês foi o óleo diesel, que subiu 6,61%

A FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou nesta manhã que o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de outubro ficou em 0,64%, bem acima do 0,17% esperado pelos analistas de mercado. O acumulado de 12 meses desse índice, que é muito frequentemente usado para reajustar os contratos de aluguel, ficou em 21,73%. Em setembro, o índice tinha caído 0,64%, acompanhando a queda nos preços do minério de ferro.

Segundo a FGV, o que mais pesou no IGP-M de outubro foi o óleo diesel, que subiu 6,61% no mês – ainda sem considerar o reajuste anunciado no dia 25.

Por que importa?

Além de servir de referência para o reajuste de contratos, o IGP-M é visto como mais uma prévia do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação, embora tenha um peso maior de matérias-primas e por isso venha avançando mais rápido.

Como afeta seus investimentos

A partir da leitura do mercado do IGP-M, ativos de renda variável e fixa podem oscilar no pregão desta quinta. Se o índice inflacionário vier acima do esperado, os juros futuros podem subir, favorecendo ativos de renda fixa, especialmente os pós-fixados, e os ativos de renda variável podem cair. Caso o IGP-M venha dentro do esperado, ou menor, o inverso pode ocorrer, especialmente após a alta da Selic na noite de quarta (27).

Fique por dentro

Selic sobe para 7,75%

Conforme o esperado, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) subiu a Selic, a taxa básica de juros do país, em a 1,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano, o maior nível desde setembro de 2017. A autoridade monetária avisou, ainda, que vai fazer mais um aumento de 1,5 ponto percentual na sua última reunião do ano, em 8 de dezembro.

Essa sexta e forte elevação tem como objetivo domar a inflação. O IPCA-15 de outubro, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi uma surpresa negativa: ficou em 1,2%, contra a previsão média do mercado financeiro de 0,97%. No acumulado de 12 meses, chegou a 10,34%.

CPI da Covid

O presidente Jair Bolsonaro foi ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a quebra de seu sigilo telemático e suspensão das suas contas nas redes sociais determinados pela CPI da Covid. A AGU (Advocacia-Geral da União), responsável pela defesa judicial do governo, alega que a CPI não tem o poder para tomar estas decisões e pede a anulação do requerimento.

PEC dos Precatórios

Sem quórum, a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) —projeto que adia o pagamento de dívidas judicias do governo e que muda a correção inflacionária do teto de gastos— foi adiada para a semana que vem. Nos corredores de Brasília, se articulam mudanças no texto para que ele seja aprovado. A principal delas é a retirada do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) do teto, para garantir o seu repasse aos estados.

Desemprego cai

Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 13,2% no trimestre móvel encerrado em agosto, uma queda de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre fechado em maio (14,6%). O número, divulgado na quarta (27) pelo IBGE, veio melhor que o esperado pelo mercado.

“Às vezes eu mesmo me pergunto o que estou fazendo aqui”

Paulo Guedes sobre seu papel no governo de Jair Bolsonaro, segundo o jornal Folha de S.Paulo

Para prestar atenção hoje

Brasil

8h IGP-M de outubro

Exterior

8h45: o BCE (banco central europeu) define como fica a taxa de juros da região. A estimativa é que o juro negativo de 0,5% seja mantido.

09h30: nos Estados Unidos, há, ao mesmo tempo, a divulgação de três dados importantes.

Um deles é o resultado preliminar do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, com expectativa de alta de 2,7% na comparação com o segundo trimestre, quando a economia americana cresceu 6,7%.

Outro é o PCE de setembro, indicador de inflação mais observado pelo Fed (banco central dos EUA) para traçar sua política monetária. A expectativa é de alta de 4,50%, após uma avanço de 6,10% em agosto.

Por último, há o número de pedidos iniciais de auxílio desemprego na semana passada, com previsão de manutenção do ritmo, com 290 mil pedidos.