Será que é possível viver de renda com R$ 100 mil investidos?

A gente traz a resposta e mais: simulações de retorno na poupança, Tesouro Selic, CDB, FIIs, LCI e LCA

Viver de renda é o sonho da maioria das pessoas, aqui ou em qualquer lugar do mundo. Afinal de contas, quem não quer ficar sem trabalhar e continuar recebendo um bom montante vindo dos investimentos, não é mesmo? Diante disso, vem o questionamento: será que é possível viver de renda com R$ 100 mil, por exemplo?

Então, vamos desvendar esse mistério.

Mas, antes, é válido saber da importância de ter investimentos que oferecem rendimentos no futuro, ou seja, a famosa renda passiva.

“Afinal de contas, isso te permite lidar de forma muito mais fácil com as várias surpresas da vida. O que inclui problemas de saúde, oportunidades de negócio, melhora na qualidade de vida e, claro, uma aposentadoria saudável”, afirma Felipe Spritzer, fundador e CEO da Portfel, empresa de consultoria de investimentos do Grupo Primo.

Bota esses R$ 100 mil para render!

Portanto, para saber se dá ou não para viver de renda com R$ 100 mil, é necessário entender quais investimentos são mais adequados para esta finalidade.

“Se o foco está nos investimentos com pagamento de proventos, os veículos mais tradicionais são os fundos imobiliários, que são obrigados a distribuir 95% dos seus lucros como dividendos”, pontua Spritzer.

Ainda de acordo com o especialista, outra forma de obter proventos é através dos títulos de renda fixa. “Na prática, depois de um determinado tempo, você passará a receber parte do lucro como pagamentos trimestrais ou semestrais, o que é possível tanto no Tesouro Direto quanto com alguns títulos privados”, diz.

Quanto rendem R$ 100 mil?

Dito isso, bora para prática? Vale saber que as simulações para descobrir se dá para viver de renda com R$ 100 mil foram feitas a partir do investimento nos seguintes produtos:

  • Caderneta de poupança;
  • Tesouro Selic;
  • CDB;
  • Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs);
  • Fundo de renda fixa;
  • LCI e LCA

Então, confira as simulações feitas por Felipe Spritzer e Carlos Castro, planejador financeiro, que aliás, faz um alerta: “rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Então, a gente está fazendo as projeções baseadas no que temos de Selic hoje. Por isso, se a Selic cai, a tendência é que essa rentabilidade também diminua. Portanto, esse retorno financeiro está atrelado ao contexto do cenário econômico”.

Desse modo, veja só quanto rende o montante após 1 mês e após 1 ano aplicado nos investimentos abaixo para viver de renda com R$ 100 mil.

Quanto rendem R$ 100 mil em 1 mês e 12 meses

InvestimentosRetorno após 1 mês*Retorno após 12 meses*
PoupançaR$ 600R$ 7,36 mil
Tesouro SelicR$ 845R$ 10,12 mil
CDB 90% CDIR$ 760R$ 9,11 mil
CDB 100% CDIR$ 845R$ 10,12 mil
CDB 110% CDIR$ 930R$ 11,135 mil
FIIsR$ 620R$ 7,81 mil
Fundo de renda fixaR$ 915R$ 10,95 mil
LCI e LCA a 90% do CDIR$ 950R$ 11,385 mil
* Os valores apresentados são todos aproximados

É importante saber, também, como funciona o CDI, que é o Certificado de Depósito Interbancário. Para isso, a Inteligência Financeira tem um glossário que explica diversos termos, como, claro, o CDI. É só clicar aqui para conhecer mais sobre o índice.

Além disso, também publicamos uma matéria que explica, tim-tim por tim-tim, como funciona essa taxa e o que significa “render 100% do CDI”, por exemplo.

Mas, afinal, dá para viver de renda com R$ 100 mil?

Bem, como você deve ter reparado na tabela, não dá para pagar as contas todos os meses com o retorno financeiro vindo de R$ 100 mil.

“Infelizmente, na maior parte dos casos, esse é um valor muito baixo para conseguir cobrir todos os custos com moradia, alimentação, lazer, saúde, entre vários outros. Isso não significa que a conquista não seja muito importante, e o valor pode ser usado para complementar a renda”, analisa Spritzer.

Portanto, meu querido leitor e minha querida leitora, não dá para viver de renda com R$ 100 mil. Mas, veja só, uma dica: que tal reinvestir esse retorno financeiro vindo da aplicação? Pode ser uma boa para rechear o cofrinho ao longo do tempo, e quem sabe, ter uma aposentadoria maior. Pense nisso.