IF HOJE: após Copom, mercado aumenta previsão de juros e corta a de inflação

Na semana passada, o Banco Central decidiu elevar a taxa básica Selic para 9,25% ao ano

O boletim Focus desta segunda-feira (13) mostra como os economistas do mercado financeiro ajustaram suas estimativas para a inflação e os juros após o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de novembro ficar ligeiramente abaixo das estimativas, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou na semana passada, e o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) avisar que pretende continuar aumentando a taxa Selic até domar os preços.

Depois de 35 semanas de elevação, a projeção para o IPCA de 2021 foi reduzida para 10,05% (na edição da semana passada do Focus, estava em 10,18%. Para a Selic, a taxa básica de juros do país, ficou em 9,25% – na quarta (8), o Copom realizou a sua última reunião do ano, em que aumentou a Selic em 1,5 ponto percentual.

Como o ano está praticamente no fim, é bom começar a considerar as expectativas para 2022. No Focus de hoje, a projeção para o IPCA foi mantida em 5,02%, a da Selic subiu de 11,25% para 11,5%. A do PIB (Produto Interno Bruto) foi cortada de 0,51% para 0,5%, e a da taxa de câmbio ao final do ano ficou estável em R$ 5,55 por dólar.

Por que importa?

As previsões de inflação e Selic ajudam a tomar as melhores decisões financeiras, tanto em investimentos como em financiamentos e viagens.

Como afeta seus investimentos?

Se as projeções para a economia se deteriorarem, ativos de renda variável podem se desvalorizar. Por outro lado, se as expectativas para juro e inflação caírem e as para o PIB (Produto Interno Bruto) subirem, a Bolsa pode se beneficiar.

Semana tem ajuste de expectativas sobre juros

Fique por dentro:

Guedes fala

O ministro da Economia, Paulo Guedes, deu entrevistas a programas de TV no final de semana, externando sua visão do cenário para o país. No sábado (11), na Rede TV, disse que quem prever recessão para 2022 vai errar. No domingo (12), na Band, voltou a defender a privatização da Petrobras.

Natal mais caro

Segundo o FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) os principais itens da Ceia de Natal e da lista de presentes do brasileiro subiram 5,39% nos últimos 12 meses. A alta dos preços é menor que a do mesmo período do ano passado, quando a inflação do Natal ficou em 13,51%.

O que mais subiu foram os alimentos, com variação média de preços de 7,93%. O frango inteiro é o item que mais encareceu nos últimos 12 meses, com alta de 24,28%. Em seguida são os ovos (17,79%), a azeitona (15,13%), as carnes bovinas (14,72%) e a farinha de trigo (13,70%).

O vilão de 2020, por sua vez, ficou mais barato. O preço do arroz caiu 8,27%. Já o pernil suíno está 1,27%, em média, mais barato.

Ligações de telemarketing

No segundo semestre de 2022, empresas de telemarketing devem usar apenas o código 0303 em ligações, por determinação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

A medida foi estabelecia nesta sexta (10) com prazo máximo de implementação de 90 dias para companhias de telefonia móvel e de 180 dias para as de telefonia fixa, o que equivale a março e junho de 2022, respectivamente.

Risco financeiro

O Banco Central monitora os riscos do financiamento imobiliário via FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dado o aumento dos ativos problemáticos, que são as operações inadimplentes ou as que foram renegociadas depois de atraso no pagamento.

Tais operações saltaram de R$ 14,428 bilhões em dezembro de 2018 para R$ 29,334 bilhões em setembro deste ano. No mesmo intervalo, a taxa de inadimplência subiu de 1,47% para 2,45%.

Seca

A seca e seus impactos em diversos setores da economia leva a uma perda de, em média, R$ 80 bilhões do PIB anual do Brasil, segundo cálculo do economista Bráulio Borges, da LCA Consultores e do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas), publicado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Para acompanhar hoje:

8h25: boletim Focus

Com edição de Denyse Godoy