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Tecnologia, varejo, bancos: quais são os melhores BDRs para 2025?
Quais são os melhores BDRs para 2025? E como escolher as alternativas mais adequadas para a sua carteira? Confira a opinião de Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital, Gustavo Jesus, assessor de investimentos da RGW, e Lucas Sigu Souza, sócio-fundador da Ciano Investimentos
Quais devem ser os melhores BDRs para 2025?
Antes de mais nada, você deve saber que BDR é a sigla para Brazilian Depositary Receipt. O BDR é um recibo que te dá acesso a ações de empresas e a ETFs estrangeiros pela B3. Assim, você não precisa abrir conta em uma corretora em outro país.
Esses títulos representam ações de empresas emitidas no exterior. Porém, se você comprar um BDR você não compra uma ação de uma empresa no exterior. O que você está colocando em carteira são recibos que seguem a valorização – ou a queda – dos papéis.
Dessa forma, de acordo com os especialistas que ouvimos, BDRs são uma boa alternativa de investimento para 2025. Mas quais são os melhores BDRs – e de quais setores eles são?
Tecnologia em alta
Alexandre Pletes acredita que BDRs do setor de tecnologia ainda estão entre as melhores BDRs para 2025. Para justificar sua opinião, ele lembra que as empresas de tecnologia têm surpreendido trimestre a trimestre, superando todas as expectativas.
“Em 2024, vimos as 7 Magníficas (grupo formado por Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla) se saindo muito bem”, destaca. “A perspectiva é boa para a sequência”, acredita.
Lucas Sigu Souza concorda. Na opinião do especialista, as big techs devem ser muito boas ainda para os próximos anos. “Aqui, estou falando em BDRs de Apple, Microsoft, Nvidia, Google, que são sempre boas opções”, detalha.
Setor financeiro
Outro segmento que Alexandre acredita que possa se destacar em 2025 é o financeiro. “BDRs deve setor também devem continuar com uma boa pegada”, afirma. “Eu voltaria o olhar para essas operações”, diz ele.
Varejo (com ressalvas)
Lucas acredita que BDRs de varejo possam ser interessantes para o próximo ano. “Estou falando de Home Depot, Cotsco e até Walmart, é o varejão mesmo”, diz ele.
Alexandre também destaca BDRs de varejo que, na sua opinião, podem ser interessantes com uma economia fortalecida nos Estados Unidos. “No entanto, é preciso lembrar que esse setor é mais sensível à curva de juros, que voltou a subir por lá”, ressalva.
BDRs de ETFs
Para Gustavo Jesus, embora o investidor brasileiro esteja mais familiarizado com BDRs de ações norte-americanas, vale a pena ficar de olho em BDRs ligados a ETFs como forma de obter um portfólio mais diversificado.
De modo geral, quando você compra um BDR de ETF está comprando cotas de um fundo de investimento (ETF) negociado nas bolsas internacionais.
“A boa notícia é que a B3 dá acesso aos ETFs de fora, que são os fundos negociados em bolsa dos Estados Unidos e do mundo, via BRD”, explica.
O especialista lembra que esses ETFs já são uma realidade para o investidor e somam 14 trilhões de dólares no mundo. “Setenta por cento estão nos Estados Unidos e eles são mais ou menos 10% do portfólio dos americanos”, acrescenta.
Na sua opinião, os BDRs ETFs devem fazer parte da carteira porque os investidores brasileiros precisam buscar diversificação investindo em empresas de outros países. “Por meio desses ETFs, você consegue montar portfólios bem interessants”, diz ele.
Ele cita por exemplo ETFs ligados a empresas de blockchain, de inteligência artificial, energia limpa e cyber security. “E para investidores mais conservadores há ETFs ligados a commodities, que também podem ser acessados pela B3”, complementa.
Empresas americanas locais
O assessor de investimentos da RGW também acredita que BDRs de empresas americanas possam ser interessantes para 2025, especialmente se Donald Trump for eleito.
Sua dica é ir além dos tradicionais S&P e Nasdaq e buscar BDRs de empresas locais que tendem a se favorecer com possíveis medidas mais protecionistas.
“Existe, por exemplo, o ETF de Equal-Weighted” diz ele. “Funciona como se você comprasse uma de cada ação americana e desse a todas o mesmo peso, independentemente de ser uma empresa pequena ou grande”, explica Gustavo.
BDRs de Reits (fundos imobiliários americanos)
Lucas Sigu Souza destaca ainda fundos imobiliários americanos, os chamados Reits, de Real Estate Investment Trust. “Também é possível investir nesses fundos via BDR”, explica.
Como escolher os melhores BDRs?
Em primeiro lugar, os especialistas alertam que qualquer locação em renda variável seja bem pauta no perfil de risco do investidor. “Escolher um BDR é como escolher uma ação no Brasil”, ressalta Alexandre. “Muitas pessoas me perguntam qual é o melhor investimento, mas isso depende muito do seu perfil de investidor”, complementa Lucas.
De olho nos riscos
Isso significa que, quando você decide colocar um BDR na carteira, precisa entender todos os riscos envolvidos nessa alocação. “Afinal de contas, da mesma forma que vimos diversas empresas subindo em 2024, poderíamos ter visto o contrário”, alerta Alexandre.
Objetivo de longo prazo
Outro ponto importante para quem pensa em investir em BDRs em 2025 é que o investimento nesse tipo de ativo deve ter sempre um objetivo voltado para longo prazo. “Não adianta ter um olhar de curto prazo para essas alocações”, avalia Alexandre.
Valorização ou dividendos
Alexandre destaca ainda que, para escolher os melhores BDRs, você precisa saber se busca pagamento de dividendos ou possibilidade de crescimento.
“No primeiro caso, claro, vale a pena focar em empresas mais pagadoras”, diz ele. No segundo, no entanto, é preciso descobrir onde estão as principais possibilidades de valorização. “O investidor deve conhecer bem seu objetivo para ter um critério de escolha claro”, destaca.
Para quem os BDRs podem ser uma boa alternativa em 2025?
Na opinião de Lucas, o melhor investidor para BDRs é aquele que quer apostar nas big techs que não estão no Brasil.
“Como existem várias plataformas que permitem investir diretamente nos Estados Unidos, ou em qualquer outro lugar do mundo, também acredito que BDRs sejam importantes para quem está começando a investir em ativos internacionais”, diz ele.
Segundo o especialista, os ativos são uma forma de ter o primeiro contato com empresas de fora, mas contando com a facilidade e o respaldo da B3.
Agora, para investidores mais avançados (mas mais avançados mesmo, ok?), Lucas aponta outras possibilidades. “Eu olharia para o indiano, o chinês, o da Arábia Saudita e até o mercado de energia nuclear”, diz ele.
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