Como medir o risco dos seus investimentos
Qualquer produto financeiro pode ter perdas; saiba o que levar em consideração
Você sabe dizer quanto perigo sua carteira de investimentos está correndo agora? Medir a probabilidade de insucesso de uma aplicação pode ser difícil, especialmente para investidores iniciantes, mas é algo essencial para o sucesso dos investimentos. Por isto, separamos algumas dicas que vão te ajudar a calcular o risco do seu portfólio. Vamos a elas:
O bê-a-bá do risco
O primeiro passo para saber o tamanho do risco que você está correndo nos investimentos é conhecer o seu perfil de investidor e seus objetivos. Sem ter esses dois fatores muito claros, é impossível saber se o risco da sua carteira é maior que o necessário. Se você ainda tem dúvidas sobre qual seu perfil de investidor, acesse este conteúdo da Inteligência Financeira e, logo depois, volte nesta página para aprender mais sobre risco.
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Gustavo Chaib, assessor de investimentos da Guide explica que a mensuração de risco da carteira deve ser feita combinando os fatores perfil e tempo de investimento, considerando que o moderado que investe por pouco tempo deve procurar os instrumentos mais defensivos do mercado, enquanto o arrojado que vai investir ao longo de dois anos ou mais pode comprar ativos mais arriscados.
“Se você tem um horizonte de investimentos de até um ano, a recomendação é que as posições de risco do portóflio sejam reduzidas, já que os recursos não podem ser depreciados”, diz Chaib.
Tipos de risco
Aqui, ainda é preciso retomar um conceito que tratamos no material sobre como diversificar a carteira de renda fixa. Lá, Felipe Lima, gestor na FL Asset, explicou que há três tipos de risco: o risco de liquidez, que é a chance de não conseguir vender um ativo no tempo em que você precisa não no vencimento do título; risco de calote, um dos mais temidos, que acontece se a instituição emissora do título (no caso da renda fixa) quebrar; e risco de mercado, que precifica as chances do ativo perder valor antes do vencimento.
Risco x Volatilidade
Entender a relação entre risco e volatilidade também é importante para quem quer mensurar melhor o risco que corre. Isso porque a oscilação de preço de um ativo está frequentemente ligada ao prêmio que ele pode pagar, embora não haja garantia de que se um papel é muito volátil, sua rentabilidade também será grande.
Para Raquel Vieira, especialista em criptomoedas da Top Gain, “a volatilidade também está ligada à oportunidade, porque vai oferecer ganhos maiores ao longo do tempo”. A fala combina com a área de atuação dela, já que as criptos são conhecidas como ativos extremamente voláteis e arriscados, mas oferecem grandes oportunidades de retorno.
Como tomar mais risco
É natural que uma pessoa de perfil conservador ou moderado queira, em algum momento, arriscar um pouco mais. Porém, fazer isto de maneira desordenada pode causar prejuízo e afastar o investidor de ativos mais arriscado, como ações, criptomoedas e fundos imobiliários.
Para os especialistas em risco, é importante fazer tudo gradativamente, sem dar choques na carteira. O certo é ir acrescentando aos poucos ativos mais arriscados.
“Se quiser arriscar um pouco mais na renda fixa acrescenta debêntures incentivadas, ativos prefixados e CDBs de bancos de segunda linha. Depois, dá para sofisticar a carteira com fundos multimercados que operam no Brasil e no exterior, além de fundos imobiliários. No longo prazo, pode olhar para fundos de ações e ações que pagam dividendos”, sugere Gustavo Chaib.
E atenção: Raquel Vieira, da Top Gain, concorda e explica que é preciso colocar pequenas porcentagens de ativos mais arriscados na carteira e “ir se acostumando aos poucos com a movimentação de mercado”.