Morning call: mercado avalia atividade econômica e comportamento do dólar

Confira o que pode mexer com o mercado nesta quarta-feira

Hoje o mercado fica de olho, principalmente, em duas questões. A escalada da cotação do dólar e, também, a divulgação do índice de atividade econômica de fevereiro. São essas as principais conclusões do morning call desta quarta-feira (17).

Mas e o preço do petróleo?

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que os recentes acontecimentos no Oriente Médio, com o ataque do Irã a Israel no último fim de semana, não simbolizam “nada relevante até agora em termos de preço”.

Segundo o presidente da Petrobras, deve haver impacto no preço “se o conflito virar uma coisa maior que uma rusga”.

Prates reforçou se tratar apenas de uma análise do ponto de vista de preço, e não no sentido humanitário sobre o conflito em si.

A Petrobras vem acompanhando o caso, mas ainda não identificou nenhum sinal de grande mudança em relação ao preço do petróleo. Leia completo aqui.

Dólar hoje

No pregão de segunda-feira, por exemplo, o dólar bateu a R$ 5,18. Na terça-feira, a cotação encerrou em alta de 1,64%, a R$ 5,2697. O que reserva a quarta-feira? Vamos descobrir durante o dia de hoje. Mas nesta reportagem da Inteligência Financeira, contamos um pouco sobre os detalhes desta valorização.

Outro destaque do dia é a divulgação do IBC-Br, o índice de atividade econômica medido pelo Banco Central. Ele tem a ver com as perspectivas de crescimento ou não do Produto Interno Bruto (PIB). Por isso, vale destacar que o Boletim Focus elevou a projeção do PIB para 2024 – de 1,90% para 1,95%. A taxa permanece inalterada em 2025 (2%) e 2026, também 2%.

Por fim, um destaque internacional que deve ser acompanhado pelo mercado no morning call: hoje divulga-se o Livro Bege nos Estados Unidos.

Ah, vale lembrar que a bolsa de valores fechou a terça-feira em 0,75%, a 124.399 pontos.

Bolsas da Ásia fecham mistas, com incertezas sobre juros dos EUA e Oriente Médio

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, em meio a dúvidas sobre o futuro dos juros nos EUA e tensões no Oriente Médio.

O índice japonês Nikkei teve queda de 1,32% em Tóquio hoje, a 37.961,80 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,98% em Seul, a 2.584,18 pontos, enquanto o Hang Seng ficou praticamente estável em Hong Kong, com alta marginal de 0,02%, a 16.251,84 pontos, e o Taiex avançou 1,56% em Taiwan, a 20.213,33 pontos.

Na China continental, as bolsas tiveram ganhos expressivos, à medida que reguladores minimizaram preocupações sobre eventuais fechamentos de capital após Pequim anunciar novas diretrizes para os mercados de capitais, no fim da semana passada. O Xangai Composto subiu 2,14%, a 3.071,38 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 3,80%, a 1.700,75 pontos, com ambos revertendo perdas do pregão anterior. Já o CSI 2000, índice de empresas de pequeno valor de mercado, saltou 6,7%.

O comportamento misto na Ásia veio um dia após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, sinalizar que o Fed deverá manter seus juros nos elevados níveis atuais por mais tempo em função da inflação persistente.

Investidores também seguem atentos à tensa situação no Oriente Médio, visto que Israel ameaçou retaliar pelos ataques aéreos que sofreu do Irã no fim de semana.

Na Oceania, a bolsa australiana teve baixa apenas marginal hoje, mas ficou no vermelho pela quinta sessão consecutiva. O S&P/ASX 200 caiu 0,09% em Sydney, a 7.605,60 pontos.

Como foi o fechamento dos Estados Unidos

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta terça-feira, 16, após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, apontar que juros devem ficar restritivos por mais tempo. Os comentários limitaram a recuperação dos negócios após o tombo recente, em uma sessão marcada por balanços corporativos e contínuos riscos geopolíticos.

O índice Dow Jones subiu 0,17%, a 37.798,97 pontos; o S&P 500 caiu 0,21%, aos 5.051,41 pontos. O Nasdaq perdeu 0,12%, aos 15.865,25 pontos. O índice VIX, espécie de termômetro do medo em Wall Street, cedeu 4,32%, aos 18,40 pontos, depois de ter alcançado maior nível desde outubro na véspera.

Com informações da Dow Jones Newswires e do Estadão Conteúdo