Derivativos

Os derivativos são instrumentos de alto risco que podem ser usados no endividamento de empresas para aumentar o lucro, fazer hedge (proteção) ou para especulação.
Nos derivativos, os investidores não negociam o ativo referenciado em si, mas um contrato referente a ele. Este contrato pode ser uma opção de venda ou compra de ações, ou um swap cambial, por exemplo.
Todos os derivativos são padronizados, ou seja: os compradores adquirem o mesmo tipo de contrato, sem possibilidade de negociação. Assim, quantidade, qualidade, prazo de liquidação e cotação são previamente conhecidos.

Tipos de derivativos
Os derivativos são divididos em quatro categorias. São elas:
- Mercado a termo
- Mercado futuro
- Opções
- Swaps
O mercado a termo é o mais simples. Ele consiste em contratos de compra ou venda, com tudo determinado: quantidade, qualidade, prazo e condições para a liquidação.
O mercado futuro é semelhante ao mercado a termo. A diferença é que o preço do contrato de compra e venda oscila diariamente.
No mercado de opções o que se negocia é a opção de comprar e vender um ativo, e que não precisa necessariamente ser efetuada.
Já os swaps são contratos de troca. Com eles, geralmente, se trocam os rendimentos de dois ativos distintos. Os mais comuns são os swaps cambiais, utilizados com frequência pelo Banco Central, em que se troca a variação do câmbio por uma taxa de juros. Há também o CDS, conhecido como risco-país, que é uma troca de risco de calote pelo recebimento de juros periódicos.
Opções de ações
Opções de ações ou opções sobre ações são derivativos que garantem o direito de compra ou venda de uma ação em uma data futura por um preço acertado. A opção de compra é chamada de call e a opção de venda, de put.
Este tipo de instrumento financeiro foi criado para diminuir os riscos do mercado de ações, porque oferecem uma proteção à oscilação de preços.
As opções de compra (call) geralmente são adquiridas quando o investidor vê uma possibilidade de valorização, mas não tem o dinheiro para comprá-lo no momento.
Caso o invetidor aposte na queda do papel, é possível lucrar com a desvalorização adquirindo opções de venda (put). Caso a queda projetada se concretize, o investidor adquire a ação desvalorizada e a vende a um preço maior, preestabelecido.
Além da opção de compra e venda, também é possível operar opções como lançador. Lançador é a pessoa que efetua a venda ou compra do papel para o comprador da opção, sendo recompensado com o prêmio sobre as opções, que é o custo que o comprador de opções tem com a operação.
Como tudo começou
Segundo estudiosos, os derivativos são tão antigos quanto a escrita. Historiadores identificaram exemplos de contratos derivativos na Mesopotâmia em escrita cuneiforme.
Um dos derivativos mais antigos é do século 19 a.C. e diz respeito a uma entrega futura de madeira. Outro, do século 18 a.C., envolvia o empréstimo de uma certa quantidade de sementes de cevada que teriam que ser devolvidas na colheita.
Os derivativos seguiram sendo utilizados, geralmente combinados a um empréstimo, em todas as civilizações, com registros destes contratos no Egito, em Roma, no Império Bizantino, entre outros.