Rainha dos investimentos: mesmo com a queda dos juros, renda fixa continua atrativa  

Com o início do corte de juros no Brasil, a expectativa dos investidores era de que ativos mais arriscados começassem a se destacar. E agosto mostrou que não foi bem assim. Os indicadores de ações passaram por uma sequência de queda, terminando o mês no vermelho. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, terminou agosto com uma queda de 5,1%. No acumulado do ano, o indicador ainda está no azul, com valorização de 5,5%. Quem saiu vitoriosa? Ela, a renda fixa.

Isso porque na renda fixa as aplicações que tiveram melhor resultado em agosto foram as atreladas à Selic ou ao CDI, com alta de 1,14%. Além disso, mesmo com a queda da taxa de juros brasileira, o Tesouro Selic não sofreu grandes impactos, com retornos acima de 1% ao mês. Em agosto, o Tesouro Selic 2026 chegou a render 1,19%. Já no acumulado do ano, os títulos atrelados à inflação com vencimento acima de cinco anos (IMA-B 5+) registraram retorno de 14,3% até agosto.

Renda fixa continua atrativa

Mesmo com a redução dos juros e expectativa de corte entre 1,75 e 2 pontos percentuais até o fim do ano, o impacto disso não deve ser sentido pelo investidor nos próximos meses, com a renda fixa ainda atrativa. Isso porque estamos em um período de inflação em queda. O indicador mais baixo corrói menos uma parte dos investimentos, o que consequentemente traz retornos maiores.  

O que considerar antes de investir 

Ainda estamos passando por um período volátil para os mercados, tanto no Brasil quando no exterior. Nos Estados Unidos, a inflação atingiu o maior nível dos últimos 40 anos. As taxas de juros por lá também estão no radar dos investidores. A Europa e a China também estão passando por episódios de volatilidade.  

Por isso, analisar todas as variáveis que podem mudar os cenários é fundamental antes de investir, tanto na renda fixa como na variável. Além disso, importante entender o funcionamento do produto antes de fazer qualquer aplicação. 

Também é importante levar em consideração o conceito chamado “risco com retorno”, como indica Lucas Queiroz, estrategista do Research para Pessoa Física do Itaú BBA. “Sempre que você estiver olhando um produto com retorno muito alto, muito acima da renda fixa por exemplo, desconfie que ele possa estar com risco da mesma magnitude”.

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