As criptomoedas podem manter a tendência de valorização em agosto?

A próxima grande data para o negócios será o dia 10, quando saem os dados da inflação americana

As principais criptomoedas iniciaram agosto em baixa após encerrar o melhor mês de 2022, marcado por uma forte recuperação nos preços depois da retomada do apetite a risco e apesar da crise de liquidez de empresas do universo cripto. Em julho, o bitcoin teve alta de 20%, enquanto o ether avançou 56%.

As duas principais criptomoedas recuaram no final de semana, permanecendo sem força para continuar a escalada recente nos preços diante das incertezas que assolam os mercados de risco. Em agosto, dados sobre atividade econômica e inflação devem concentrar as atenções dos participantes do mercado.

Nesta segunda, o bitcoin era negociado perto das 9h (horário de Brasília) a US$ 23.243,12, com desvalorização de 2,3% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko. Já o ether, moeda digital da rede ethereum, valia US$ 1.666,14, baixa de 3%. Em reais, o bitcoin estava em R$ 126.880 (baixa de 0,8%) e o ether, em R$ 8.655 (alta de 3,44%).

Segundo André Franco, chefe de pesquisa do MB, dado a alta correlação do bitcoin com os demais ativos de risco do mercado tradicional, a próxima grande data será o dia 10, quando saem os dados da inflação americana.

“A projeção do mercado é que o CPI seja de apenas 0,2%, bem diferente dos 1,3% do mês de junho. Caso o índice venha em linha com o esperado, poderemos ver mais alívio nos ativos de risco. Por outro lado, um CPI mais alto que o esperado poderia ser catastrófico”, disse.

Antoni Trenchev, cofundador e sócio da Nexo, disse à Bloomberg que as principais criptomoedas devem oscilar com força neste mês, mas o bitcoin tem tudo para “absorver os impactos” do ambiente macroeconômico, como ocorreu no final de julho com o ajuste na política monetária pelo Federal Reserve.

“Agosto promete ser revigorante para o bitcoin, com mais episódios de volatilidade garantidos”, disse.