Conheça as 10 ações do Ibovespa que mais subiram em maio

O investidor buscou preços atrativos em maio, período marcado por uma grande volatilidade

No mês de maio, os investidores aproveitaram os produtos em liquidação para buscar negócios rentáveis.

A alta nos juros norte-americanos também influenciou nos resultados do Ibovespa em maio. No começo do ano, quando os Estados Unidos começaram a subir as taxas, a B3 se saiu bem. Quando os juros aumentam, os papéis mais caros sofrem mais; as ações mais ‘em conta’, as commodities, de proteção contra a inflação, se saem melhor.

Em resumo, o investidor buscou preços atrativos em maio. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações, fechou maio com alta de 3,22%, aos 111.350 pontos. No ano, a alta já é de 6,23%, tentando mitigar as perdas de 11,78% dos últimos 12 meses. O período foi marcado por uma grande volatilidade.

Conheça as 10 ações do Ibovespa que mais subiram em maio

Cielo

A grande surpresa da temporada foram os papéis da Cielo, que tiveram alta de mais de 17%. Trata-se de uma empresa que vinha perdendo mercado e rentabilidade há alguns anos.

A Cielo, no entanto, atraiu pelo preço muito atrativo da ação. E foi favorecida com a expectativa de maior consumo, em razão da redução do ICMS.

Além disso, a Cielo lidou bem com o aumento da concorrência, a empresa começou a mostrar algum crescimento. E o preço estava atrativo para investidor.

Há uma junção de fatores, portanto: preço atrativo, a empresa estar ligada ao setor do varejo e ter se saído bem na disputa por fatia de mercado.

Varejo

Via Varejo e Alpargatas estão sendo também favorecidas pela redução do ICMS. É importante lembrar que Alpargatas aparece entre as maiores baixas do ano, com queda de 38% no período. Já a Via Varejo acumula 37,9% de perda. E elas se recuperaram um pouco neste mês.

A Renner registrou perdas em razão da pandemia. Mas a empresa mostrou números melhores no balanço do primeiro trimestre e mostrou que conseguiu vender mais, com impacto no lucro, após um longo inverno.

Bancos

Para quem tem exposição à renda variável, é importante buscar ativos que vão se beneficiar da atual conjuntura, de inflação alta e juros elevados. “A principal recomendação, em linhas gerais, é o setor bancário, que tende a se fortalecer neste ambiente. São os chamados ativos defensivos”, diz Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Assim, outro destaque de maio é o segmento bancário. O Bradesco figura como a principal instituição.

Educação

A Yducs registrou muitas perdas em razão da pandemia. A área de educação era muito beneficiada com programas do governo. Isso acabou quando houve a crise fiscal, em 2016.

E depois veio a pandemia. As pessoas estavam em casa e não tinham confiança suficiente na economia para se matricularem. Mas esse cenário começou a mudar no primeiro trimestre e o impacto positivo no mercado aconteceu.

Ibovespa: Melhor desempenho no mês de maio

Fonte: B3 e Valor PRO. Elaboração: Valor Data