Tesouro Direto: por que e quando títulos públicos são substituídos?

Ativos descontinuados continuam válidos para quem já investia
Pontos-chave:
  • Cinco novos prazos foram adicionados ao mercado
  • A troca acontece todo ano e tem como objetivo a manutenção dos prazos de referência

O investidor do Tesouro Direto notou a substituição de alguns papéis que agora têm novos vencimentos. Ao todo, cinco novos prazos foram adicionados ao mercado de títulos públicos. São eles: os Tesouros Prefixados 2025, 2029 e 2033, mais pagamento de juros semestrais; Tesouro Selic com vencimento em 2025; e o Tesouro IPCA+ 2032, mais pagamento de juros semestrais. Deixaram de ser ofertados os títulos Tesouro Prefixado com vencimentos em 2024 e 2026 e o Tesouro Prefixado 2031, com juros semestrais. Entre os títulos atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2030.

Por que os títulos e vencimentos são substituídos?

De acordo com o próprio Tesouro Direto, a troca ocorre anualmente e tem como objetivo a manutenção dos prazos de referência. Um exemplo que ilustra a dinâmica é a oferta do Tesouro Prefixado 2025, que vence daqui a três anos, e deve ser substituído quando o prazo de dois anos para o vencimento estiver se aproximando. Isso explica a substituição do Tesouro Prefixado 2024 pelo Tesouro Prefixado 2025.

“O número de títulos que serão substituídos a cada ano depende da necessidade de renovação dos prazos de cada um deles. Ou seja, o número de títulos trocados pode ser maior ou menor a depender do ano”, afirma o Tesouro Direto. Em 2022, em particular, foram realizadas as trocas das referências de três anos do Tesouro Selic; de três e seis anos do Tesouro Prefixado; de 10 anos do Tesouro IPCA+; e de 10 anos do Tesouro Prefixado com juros semestrais.

Títulos substituídos ainda são válidos?

Sim! Os títulos descontinuados continuam válidos para quem já havia adquirido antes da substituição. O valor da remuneração também se mantém. Se o investidor, no entanto, não quiser ficar com esses papéis até o vencimento, pode vendê-los de volta ao Tesouro para efetuar um resgate antecipado. Nesse caso, o valor do resgate pode sofrer marcação a mercado. Portanto, será praticado o preço de mercado na hora da venda, que pode ser maior ou menor que o preço da compra, uma vez que os preços dos títulos públicos flutuam de acordo com as perspectivas para as taxas de juros.