Investir em títulos que fazem seu dinheiro render acima da inflação é bom, mas as taxas e impostos podem ser incômodos e tirar parte do rendimento dos investidores. Mas há uma boa notícia: redução na taxa de custódia de títulos do Tesouro Direto. É pouco? Sim, mas mostra que há um movimento de democratização e facilitação ao acesso a investimentos mais rentáveis que a poupança.
O que muda no Tesouro Direto?
Quando um investidor pessoa física compra um título do Tesouro Direto, ele precisa que alguém cuide do ativo para ele. Para cumprir essa função, a B3 cobrava 0,25% do valor do papel ao ano. Ou seja, se você tinha R$ 20 mil investidos no TD, precisava pagar R$ 50 por ano. Agora, a taxa para esse montante caiu para R$ 40, já que a nova regra define uma taxa de custódia de 0,20% ao ano. Parece pouco, mas é preciso ter em mente que o valor cresce de acordo com o tamanho do investimento.
A mudança entrou em vigor no primeiro dia de 2022 e vale para qualquer título do Tesouro Direto, desde os que tenham retorno prefixado aos que pagam os investidores seguindo a variação da taxa Selic.
Para quem tem até R$ 10 mil investidos em qualquer título do Tesouro Direto nada muda. Desde agosto do ano passado não há mais taxa de custódia para aplicaçõe desse tamanho.
Com a mudança, a taxa de custódia dos títulos do Tesouro Direto caiu para menos da metade na comparação com o início do programa. Em 2002, a B3 cobrava 0,5% ao ano dos investidores, além das taxas de administração cobradas pelos bancos e corretoras.
“Tivemos um grande volume de entrada de investidores no Tesouro Direto nos últimos anos e a redução das taxas estimula ainda mais a entrada nesse tipo de investimento”, avalia Felipe Lima, gestor na FL Asset.