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Marilia Fontes, da Nord Research, afirma que a renda fixa no Brasil pode quase dobrar o patrimônio em cinco anos devido às altas taxas de juros. Investidores devem considerar títulos prefixados e IPCA+ para maiores retornos. Apesar dos riscos de curto prazo, a perspectiva é positiva para o futuro. Para quem busca menor risco, o Tesouro Selic e CDBs de grandes bancos são recomendados.
Quase dobrar o patrimônio em cinco anos? Parece um sonho, mas no Brasil é possível. O cenário de juros no país tem colocado a renda fixa como grande aposta, com a possibilidade de aumentar consideravelmente o patrimônio. No médio e longo prazos.
Quem diz isso é a sócia-fundadora da Nord Research, Marilia Fontes, em entrevista à Inteligência Financeira.
“São taxas de juros que poucas vezes na história recente a gente viu”, diz a analista. Ela acrescenta: “Elas dobram seu investimento a cada cinco anos, são bem atrativas”.
Para isso, é preciso encarar risco um pouco maior na renda fixa para títulos. Como prefixado e IPCA+.
Em resumo, os juros futuros perto de 13%, como estão por esses dias, para as taxas referentes a 2029, aumentam os investimentos em cerca de 85% nesse período.
“Então, um investidor que topar o risco de um prefixado, pode ver render bastante lá no futuro”, diz.
Pode piorar, diz Marilia Fontes sobre curva de juros futuros
Contudo, Marilia Fontes diz que antes de a situação melhorar, pode haver deterioração de cenário. Assim, há riscos do curto e médio prazos que precisam ser considerados.
“Entre 2014 e 2015, a gente teve a nossa taxa de juros chegando a passar mais de sete meses a 16%. Então, dá para piorar bastante ainda antes de melhorar”, destaca.
Sinal disso têm sido as recorrentes revisões para cima das taxas de juros de curto, médio e longo prazos.
Nesse ambiente, “o investidor precisa ter a tranquilidade de saber que uma hora a coisa vai melhor”, diz Marilia. Ela recomenda a não desistir das aplicações durante essa fase mais turbulenta.
Menor risco na renda fixa
Agora, o investidor que não tem apetite ao risco, que não quer ver o seu investimento oscilar, deve ficar no pós-fixado.
Nesse sentido, “é Tesouro Selic, e CDB de liquidez diária de ‘bancão’”, diz Marilia.
Alto risco e renda variável
A analista destaca que a bolsa está muito barata. Nesse sentido, apesar de as perspectivas serem sombrias para o curto e médio prazo, pode ser a oportunidade de adquirir papéis em baixa para lucrar em prazos maiores.
“O investidor que tiver apetite a risco e entrar em bolsa, no futuro, depois de passada essa crise de confiança no fiscal brasileiro, vai ter tem um potencial de valorização incrível. Mas isso se tiver o apetite para risco, porque no curto prazo pode ser que piore”, arremata.