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Afinal, por que vale a pena investir em ações que pagam dividendos?
Entre ações que pagam dividendos e de empresas em crescimento, qual é a mais rentável para o investidor no médio e longo prazos? Confira
Dividendos ou papéis de crescimento? O mercado de ações tem basicamente dois tipos de queridinhas. Tem o investidor que goste de empresas em forte expansão. E que até por isso precisa reinvestir uma parte importante dos lucros no custeio desse crescimento.
Mas há aqueles, como Luiz Barsi, que procuram oportunidades apenas entre grandes pagadoras de dividendos. São negócios com alto poder de geração de caixa e que distribuem seu lucro via proventos aos acionistas.
Mas qual, dentre essas duas estratégias de investimento, é a mais rentável para o investidor no médio e longo prazos?
Em entrevista ao PodInvestir, podcast original da Inteligência Financeira, o especialista Daniel Gewehr, estrategista chefe de ações do Itaú BBA, não tem dúvidas sobre a melhor opção.
Ele, aliás, entrevistou 140 dos mais relevantes gestores de fundos de investimento – no Brasil e no exterior. E preparou um roteiro com as principais dicas para investir em ações em 2025. Todas as dicas estão no podcast, que você confere na íntegra no Spotify, aqui, no YouTube, assim como sua plataforma preferida de áudio.
Questionado sobre qual a melhor estratégia para investir em ações, o especialista do Itaú BBA afirma que, com certeza, o investidor ganha ao apostar em boas pagadoras de dividendos.
Ele explica com números. “Desde 2006 até até o início de 2024, dividendos deram quase 800% em retorno (ao investidor)”, contou. “O Ibovespa”, continuou, “deu 240%. (O retorno) foi três vezes menor”.
Segundo ele, o dividendo atrai, dentro da perspectiva do mercado local, outros predicados. “Aqui (no Brasil), quando você compra dividendos, você traz qualidade junto com você. E traz valor junto”, destacou. “Eu sempre falo que quanto mais fatores um papel tem, maiores as chance desse papel performar acima da média”, explicou Daniel Gewehr.
Para além do desempenho do papel em si, é preciso considerar o custo do investimento em um ativo de risco, como uma ação, num país em que o aporte em renda fixa pode facilmente entregar a depreciação da inflação, acrescida de um prêmio de 6%.
“Para que uma empresa consiga bater esse custo, ela tem que ter uma rentabilidade sob patrimônio acima de 15%, pelo menos”, afirmou. Segundo ele, pagadoras de dividendos são aquelas que conseguem pagar o seu endividamento e, ainda por cima, remunerar os acionistas.
“Por isso que dividendos é muito interessante”, concluiu.
Em entrevista ao PodInvestir, Daniel Gewehr destaca três setores que sãos os principais responsáveis pelas empresas pagadoras de dividendos. São eles o segmento de infraestrutura, o financeiro e o de commodities.
Em infraestrutura, um dos destaques do estrategista chefe de ações do Itaú BBA é o segmento elétrico. “É um setor interessante porque ele tem ativos regulados que passam (transmitem aos clientes) a inflação. Então, ele tem uma receita mais previsível, menos à mercê de ciclos econômicos”, destacou.
“Hoje, quem é o nosso competidor? Nosso competidor é NTN, (com prêmio de) 6,5% (ao ano). Eu quero ganhar um spread que remunere o meu custo de capital ao investir. Então, eu deveria pelo menos querer 10%, 11% de TIR real, de taxa interna de retorno real”, destaca.
Confira a íntegra do PodInvestir com Daniel Gewehr.
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