Vale a pena investir em ações da Disney?

Empresa completa 100 anos com planos de expandir os parques temáticos, linhas de cruzeiro e resorts

Quer ganhar dinheiro enquanto eles se divertem? Calma, isso não é mais uma propaganda de investimento fácil. Nesse post, vamos tratar sobre as ações da Disney (DIS; DISB34). Isso mesmo, se é possível ter um bom retorno aplicando em papéis da empresa criada por Walt Disney e que em outubro de 2023 completou 100 anos vida.

Antes, aqui na Inteligência Financeira contamos como é possível planejar uma viagem para aproveitar os parques de Orlando, na Flórida, nos Estados Unidos. Lá tem um passo a passo para se preparar se você quiser embarcar na aventura para curtir o mundo mágico.

Mas agora vamos tratar especificamente das ações da Disney. A empresa fez seu IPO em 12 de novembro de 1957 a US$ 13,88 por ação na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

Algumas informações de DIS na NYSE:

  • Tem valor de mercado estimado em cerca de US$ 155 bilhões;
  • Atualmente, os papéis estão na faixa de US$ 90, conforme o pregão de 9 de novembro;
  • Em 2023, até a data acima, a companhia acumulava uma valorização de pouco mais de 4%, tendo tocado a máxima de US$ 111,63, em 7 de fevereiro;
  • Há 5 anos, em 19 de outubro de 2018, as ações estavam cotadas a US$ 118,90;
  • A máxima histórica na NYSE foi em 8 de março de 2021, a US$ 201,91;
  • Nos últimos 5 anos, a mínima foi em 4 de outubro de 2023, a US$ 79,32;
  • Em seu último balanço trimestral, divulgado em novembro, a empresa informou um lucro líquido de US$ 264 milhões no quarto trimestre fiscal ante lucro de US$ 162 milhões no mesmo período de 2022.

Ou seja, os dados mostram que a Disney tenta engatar uma boa fase em Wall Street.

Para melhorar seu desempenho, a empresa indicou que pretende aumentar os cortes de custos anuais de US$ 5,5 bilhões para US$ 7,5 bilhões.

Além disso, a companhia destacou que a plataforma de streaming Disney+ adicionou quase 7 milhões de assinantes no período e a expectativa é de que os negócios combinados de streaming alcancem lucratividade no quarto trimestre fiscal de 2024.

O aumento de preços dos bilhetes nos parques temáticos e a cobrança pelas concessões também são outras formas que a empresa tem usado para se fortalecer.

Como comprar ações da Disney no Brasil

Diretamente, é possível comprar os papéis que estão na bolsa de Nova York. Isso se dá por meio de uma conta em uma instituição financeira internacional.

Outro caminho são os Brazilian Depositary Receipts (BDRs). Os BDRs são títulos que representam ações emitidas por empresas no exterior. No entanto, eles estão na bolsa brasileira .

Os BDRs da Disney estão disponsíveis na B3, com o ticker DISB34. O preço atualmente está na faixa de R$ 29,75.

A Disney paga dividendos?

Pelo site de RI (Relações com Investidores), a Disney destaca que não declarou, nem pagou dividendos com relação às operações fiscais de 2022. Além disso, a companhia esclarece que não pretende fornecer declarações sobre suas intenções de pagar dividendos futuros.

Ainda na área de perguntas frequentes ao RI, a companhia informa a última vez que declarou o pagamento de dividendos foi em 4 de dezembro de 2019.

Naquele tempo, o conselho de administração aprovou US$ 0,88 por ação.

Assim, o provento caiu na conta dos acionistas no dia 16 de janeiro de 2020, mas apenas para quem tinha os papéis em carteira no dia 16 de dezembro de 2019.

Comprar DIS vale a pena?

Assim, a Inteligência Financeira consultou Thiago Guedes, diretor da Bridgewise, startup que usa inteligência artificial na análise de investimentos. Nossa dúvida era saber se o momento é bom ou ruim para ter ações da companhia na carteira.

Guedes destacou entre os fundamentos fortes, o fluxo de caixa livre por ação e os gastos de capital líquidos.

Já o ponto fraco apontado foi o ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido), um indicador que mostra a capacidade de a empresa investir nela e distribuir ganhos aos acionistas.

Ademais, o especialista observa que a posição da empresa no setor de entretenimento traz riscos adicionais.

“Inclusive uma queda na demanda devido à recessão e desaceleração econômica (nos Estados Unidos), bem como um aumento da inflação mais forte do que o esperado, o que tornará difícil para a empresa aumentar os preços de acordo”, comenta.

“Também é importante considerar o sentimento negativo com base na análise técnica. As ações atualmente estão precificadas acima de suas médias móveis de 50 dias, mas abaixo de suas médias móveis de 5 dias e 200 dias”, prossegue.

Assim, com base na análise da BridgeWise, Thiago Guedes diz que as ações da empresa têm uma pontuação de 57 na avaliação que vai de 0 a 100, indicando um momento negativo.

Porém, conforme ele, a Disney tem recebido um final assessment score (nota final de avaliação) de 80, com potencial de valorização.

“E uma recomendação de compra de ‘outperform’ (acima da média)”, completa.