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Emissão de debêntures cai quase 60% de outubro para novembro, diz Anbima
A emissão de debêntures caiu quase 60% de outubro para novembro, passando de R$ 21,3 bilhões para R$ 8,6 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgados nesta segunda-feira.
A queda está relacionada ao movimento de antecipação de emissões pelas empresas ao longo do ano e às incertezas domésticas associadas à política econômica do próximo governo, que deixaram a curva de juros mais elevada, disse a entidade em nota. De janeiro a novembro, as empresas captaram R$ 234,9 bilhões com debêntures.
Destaque pra CRAs e CRIs
No total, as emissões no mercado de capitais somaram R$ 21,5 bilhões em novembro. Desde janeiro, o volume foi de R$ 466,5 bilhões — 10,5% menor que no mesmo período de 2021. Até o momento, as ofertas em andamento e em análise somam R$ 8,9 bilhões e R$ 8,4 bilhões, segundo a Anbima, desconsiderando o volume das ofertas de ações.
Os certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) e os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) foram os destaques do mês, alcançando volumes de R$ 1,2 bilhão e R$ 4,5 bilhões respectivamente.
Desde o começo do ano, os instrumentos movimentaram R$ 79,9 bilhões, aumento de 69% ante o mesmo intervalo de 2021.
“Os produtos securitizados se firmaram como opção para diversificação de portfólios, tanto para gestores quanto para investidores, garantindo posição importante como veículos financiadores de projetos de longo prazo, especialmente de segmentos estratégicos”, disse José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima.
Renda fixa e renda variável
Em relação aos instrumentos de renda variável, não houve registro de operações em novembro. No ano, R$ 52,3 bilhões foram captados no mercado doméstico. No mercado externo, nenhuma oferta foi registrada nos últimos cinco meses.
No ano, foram realizadas 12 operações, que correspondem aos volumes de US$ 5 bilhões em renda fixa e de US$ 125 milhões em renda variável.
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