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Saiba como Alfredo Setubal avalia os momentos de Itaú e Nubank
Empresas citadas na reportagem:
CEO da Itaúsa (ITSA4), que tem cerca de 37,5% do Itaú (ITUB4), e também conselheiro do banco, Alfredo Setubal não parece estar muito preocupado com o fato de a instituição financeira ter um valuation menor do que o do Nubank (ROXO34). Questionado sobre esse assunto em entrevista coletiva sobre resultados da Itausa no segundo trimestre, ele comentou que o mercado precifica diversos fatores.
“O Nubank tem expectativa de crescimento não só no Brasil, mas também no México e Colômbia, onde estão começando. Boa parte do valuation leva em conta esse crescimento em outros países. É o que é. A gente está muito tranquilo. O que temos de fazer é olhar para nós e ver o que podemos fazer de melhor para o investidor ficar mais satisfeitos, receber mais proventos”, comentou em coletiva de imprensa. “Está tudo certo, o mercado precifica, leva em conta em todas as suas análises os riscos de cada um”.
ITUB4 hoje
Ainda assim, Setubal comentou que as ações do Itaú são negociadas atualmente muito abaixo dos múltiplos históricos. “Acho que deveria ter um potencial de alta também nas ações do banco”, comentou, lembrando que as ações do Itaú são muito vinculadas com a operação do banco no país e que a bolsa brasileira também opera em patamares baixos.
Sobre o cenário macroeconômico, Setubal reforçou que não espera uma alta de juros. “Um juro real de 6%, 6,5% já me parece suficientemente alto, mas temos que acompanhar, o governo tem tido dificuldades de cumprir o orçamento fiscal”. Ele também apontou que existem riscos no contexto externo, como a guerra na Ucrânia, as tensões no Oriente Médio e as eleições presidenciais nos EUA, e que eventualmente um agravamento do cenário externo poderia levar o Banco Central brasileiro a agir.
“Nosso cenário básico não é muito diferente daquele da pesquisa Focus. […] Não é nada exuberante, mas é um cenário ‘ok’, não muito diferente do que vimos nos últimos três anos. Tem desafios, mas possibilita que as empresas operem com certa tranquilidade”.
Ele ressaltou que esse cenário é bom para o Itaú, que segue crescendo a carteira de crédito, com inadimplência controlada. Sobre um eventual dividendo extraordinário do banco este ano, o executivo lembrou que a instituição já indicou essa possibilidade, mas que uma decisão só deve ser tomada na virada do ano.
Setubal diz que não prevê grandes investimentos ou desinvestimentos no portfólio da Itaúsa nos próximos anos e lembrou que o mercado de IPOs está fechado há um bom tempo. Ainda assim, disse que a lógica é que em algum momento a Aegea se torne uma empresa listada. “As empresas precisam se desalavancar, fazer novos investimento, reduzir o custo de capital”.
Com informações do Valor Econômico
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