Morning call: não há nada mais importante hoje do que o dado de inflação oficial do país

Confira o que esperar do mercado neste fechamento da semana

O morning call de hoje indica que não há nada mais importante neste fechamento da semana do que um dado: a divulgação da taxa de inflação considerada oficial, o IPCA de abril apurado pelo IBGE e divulgado nesta sexta-feira (10).

Dessa forma, vale destacar que o dado é importante pois pode dar indicativos para os próximos passos da política monetária nacional.

O dado ganha especial atenção pois será tornado público apenas dois dias após a reunião mais controversa do Comitê de Política Monetária (COPOM) dos últimos anos.

Assim, no encontro que acabou na última quarta-feira (8), os quatro integrantes escolhidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votaram a favor de um corte maior do que o efetivamente definido pelo Copom, de 0,25 ponto porcentual.

Leia uma análise sobre o assunto do repórter Aluísio Alves da Inteligência Financeira.

Dessa forma, vale indicar que o Ibovespa fechou em queda de 1%, a 128.188 pontos. O dólar, por sua vez se valorizou 1,01%, cotado a R$ 5,1422.

Morning call: o que esperar do IPCA

Então, o último Boletim Focus, divulgado no início desta semana, mostrou expectativa de 0,34% para o IPCA de abril. Dessa forma, vale indicar que a inflação oficial de março ficou em 0,16%. Portanto, espera-se uma aceleração do índice.

Fechamento das bolsas da Ásia

Os principais índices acionários da Ásia encerraram o dia em alta, na esteira dos ganhos registrados em Wall Street, em meio a renovação das expectativas de que o Federal Reserve (Fed) poderá cortar os juros após um aumento dos pedidos de seguro-desemprego na última semana.

Ao mesmo tempo, os agentes também se preparam para a divulgação dos dados de inflação da China, que acontece no fim de semana.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 2,3%, para 18.963,68 pontos, liderando os ganhos na região e atingindo o maior nível em nove meses, após notícias de que a China está considerando isentar os investidores individuais do pagamento de impostos sobre dividendos de ações de Hong Kong compradas por meio do Stock Connect.

Entre as empresas que mais avançaram, a Hong Kong Exchanges & Clearing subiu 7,6% e o China Construction Bank subiu 6,8%. No acumulado semanal a alta foi de 2,64%.

Na China continental, o índice Xangai Composto ficou estável, subindo 0,01%, para 3.154,55 pontos, com os investidores cautelosos enquanto aguardavam os dados de inflação da China. As ações do setor imobiliário lideraram os ganhos, após a notícia de que algumas cidades chinesas haviam flexibilizado as restrições à compra de casas.

A Greenland Holdings subiu 2,7% e a Poly Developments & Holdings subiu 5,5%. Na semana, o índice acumulou ganho de 1,60%.

Por sua vez, o índice Kospi, da bolsa de Seul, subiu 0,6%, fechando em 2.727,63 pontos, acumulando alta de 1,9% na semana, liderado por ações financeiras e de jogos on-line.

O Hana Financial Group e o KB Financial Group subiram 4,4% e 3,5%, respectivamente, recuperando-se das perdas da sessão anterior.

Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,40%, para 38.229,11 pontos.

Entre os melhores desempenhos do índice de referência, a fabricante de macarrão Toyo Suisan Kaisha subiu 14% e a desenvolvedora de videogames Konami Group avançou 9,3%. No acumulado semanal, o índice caiu 0,02%.

Na Índia, o índice Sensex subiu 0,43%, a 72.721,26 pontos, liderado por ganhos nas ações financeiras e siderúrgicas. O State Bank of India subiu 1,1% e a Tata Steel subiu 0,6%. Na semana, o índice caiu 1,5%.

E como fecharam as bolsas nos Estados Unidos?

As bolsas de Nova York fecharam em alta firme hoje, impulsionadas pelo aumento bem maior que o esperado no número de pedidos por seguro-desemprego nos Estados Unidos, além de um forte recuo das taxas dos Treasuries após um leilão de T-bonds de 30 anos.

O índice Dow Jones  fechou em alta de 0,85%, a 39.387,69 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,51%, a 5.214,08 pontos. O Nasdaq avançou 0,27%, a 16.346,26 pontos.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico