Uma recessão nos Estados Unidos pode afetar as bolsas de valores do mundo?
Uma recessão nos Estados Unidos pode afetar as bolsas de valores do mundo?
Isabella Carvalho e Victor Natal, estrategista de ações, explicam o que podem acontecer com os investimentos de renda variável se a economia dos EUA se retrair
A possibilidade e os temores de uma recessão atingir os Estados Unidos aumentaram nas últimas semanas. O cenário é um reflexo do movimento de subida de juros no país para lidar com a disparada da inflação por lá. O próprio Banco Central dos Estados Unidos já admitiu um risco de recessão na maior economia do planeta.
E você com isso? Se de fato isso acontecer, a economia global deve sofrer, assim como ativos de risco no mundo todo. Para falar mais sobre esse tema, Isabella Carvalho conversa com Victor Natal, estrategista de Ações do Research voltado para pessoa física do Itaú BBA.
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Votação da ‘PEC do desespero’ na Câmara e ata do Fed são destaques da semana
Em 15 de junho, o comitê de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) decidiu aumentar a taxa básica de juros no país em 0,75 ponto percentual, para o intervalo 1,5%-1,75% ao ano, na tentativa de frear a disparada da inflação. Na ata dessa reunião, que sai na quarta (6), o mercado espera entender melhor as razões do Fed para calibrar suas expectativas sobre os próximos passos da política monetária – ou seja, se na próxima reunião, de agosto, vem mais um aumento de 0,75 p.p. ou se há alguma chance de arrefecimento desse ritmo de altas.
Os melhores e os piores investimentos no primeiro semestre de 2022
Em meio à espiral inflacionária e de alta de juros, no Brasil e no exterior, os investidores penaram para ver bons resultados no primeiro semestre do ano. Índices de bolsa e fundos de ações ficaram no vermelho de maneira geral. Na renda fixa, os ativos ligados à Selic e ao CDI têm acompanhado o aumento da taxa básica, mas, na média, títulos públicos públicos prefixados e atrelados ao IPCA longos ainda perdem da inflação projetada para o período de janeiro a junho, de 5,6%.