Temor de recessão da economia americana derruba preços do petróleo
Barril fechou a sessão desta quarta com queda acima de 2%

Nossa newsletter
O que você precisa saber para tomar as melhores decisões nos seus investimentos. Receba toda semana notícias e análises exclusivas de especialistas.
Os contratos futuros do petróleo terminaram a sessão em queda consistente, após o Federal Reserve (Fed, o BC americano) elevar as taxas de juros em 0,75 ponto percentual para o intervalo de 1,50% – 1,75%. O aumento das taxas faz o investidor ficar mais receoso com a possibilidade de uma recessão na maior economia do planeta, o que reduziria a demanda pela commodity.
No fim da sessão, os preços dos contratos para agosto do Brent, a referência global, terminaram em queda de 2,19%, a US$ 118,51 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos para julho do WTI, a referência americana, caíram 3,04%, a US$ 115,31 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Após a decisão do Fed por um aperto monetário mais agressivo, numa alta de 0,75 ponto percentual, os preços dos barris aceleraram suas perdas, diante do temor de que a economia americana entre em recessão. Além disso, os preços do petróleo foram pressionados também por dados econômicos fracos nos EUA. O dado de vendas no varejo, em especial, indicou contração de 0,3% em maio, contrariando a expectativa, de alta de 0,1% no período. Os dados de preços de importados e de atividade industrial do Fed de Nova York também ficaram abaixo do esperado.
Os dados fracos alimentam os temores de que um aperto monetário mais acelerado do Fed coloquem a maior economia do mundo em recessão, pressionando os preços o petróleo em meio aos receios de que isso prejudique a demanda pela commodity.
Mais cedo, a Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou projeções revisadas para o mercado de petróleo, prevendo que a demanda global deve voltar aos níveis pré-covid em 2023. Por outro lado, o relatório revisou para baixo a demanda para o segundo semestre de 2022.
Com conteúdo VALOR PRO, o serviço de informação em tempo real do Valor Econômico
Autor finaliza trilogia com “Escravidão - Volume III: Da Independência do Brasil à Lei Áurea”
Ex-candidata a presidente dos EUA fala sobre negociar com Vladimir Putin, a “profetisa” Margaret Atwood — e por que os democratas precisam conter a esquerda radical
Entre as baixas, se destacaram empresas do setor de minério de ferro devido à preocupação com a retomada da China
Na semana, moeda americana teve valorização de 1,29%
Medo de recessão nos EUA pesou mais do que riscos fiscais no Brasil
De alguma maneira, seu bolso será afetado pelas eleições do fim do ano. O que pode acontecer? Nina Silva explica
Enquanto isso, em campanha, Lula acena a empresários e ao mercado, diz Fábio Zambeli, do JOTA
A volatilidade deve seguir predominando na Bolsa
A fortuna de Elon Musk caiu quase US$ 62 bilhões. Jeff Bezos viu sua riqueza diminuir em cerca de US$ 63 bilhões. O patrimônio líquido de Mark Zuckerberg foi reduzido em mais da metade
Aumento de gastos tende a pressionar a inflação e prejudicam, principalmente, as pessoas de menor poder aquisitivo
Para o especialista em investimentos do Itaú Unibanco, Caio Camargo, muita coisa