Ouro tem forte queda após Rússia sinalizar disposição para negociar com Ucrânia

Metal caiu 2%, mas pode voltar a avançar com incertezas sobre a guerra

O ouro terminou a sessão desta sexta-feira (25) em queda forte, depois de ter avançado com consistência ao longo da semana, diante da escalada de tensões que resultou na invasão da Ucrânia pela Rússia ontem. Diante do recuo de hoje, o metal terminou a semana com perda acumulada de 0,64%.

Os preços dos contratos do ouro para abril terminaram a sessão desta sexta em queda de 2%, a US$ 1.887,60 a onça-troy na Comex da Bolsa de Nova York. Ontem, depois da invasão da Rússia na Ucrânia, o metal disparou, chegando a avançar mais de 3%, e registrar na máxima diária de US$ 1.976. À tarde, porém, o preço do metal foi se estabilizando e perdendo força e hoje, com uma movimentação da Rússia por um diálogo acabou derrubando os preços do metal.

Hoje, os russos afirmaram que podem enviar a Minsk uma delegação para negociar com a Ucrânia. O movimento ocorre após o dirigente chinês, Xi Jinping, telefonar para Vladimir Putin e pedir que os russos busquem uma negociação com o governo ucraniano.

“A resposta à invasão foi incrivelmente curta, mas não espero que a volatilidade nos mercados diminua repentinamente, o que poderia continuar a favorecer o ouro”, escreveu Criag Erlam, analista da Oanda, em nota. “Mesmo na ausência de grandes interrupções no petróleo e no gás russos, os preços ainda são extremamente altos e continuarão a contribuir para a inflação altíssima em todo o mundo, que também será favorável ao metal.”

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(Do Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)