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Chance de IPCA furar teto da meta em 2023 é de 57%, aponta Banco Central
A probabilidade de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminar 2022 abaixo do piso da meta é 0% e de ficar acima do teto é 100%, de acordo com as estimativas feitas pelo Banco Central (BC) no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro. O documento foi divulgado na manhã desta quinta-feira.
Para 2023, a chance de ficar abaixo do piso é 1% e a de ficar acima do teto é 57%. Para 2024, 14% de ficar abaixo e 14% de ficar acima. Para 2025, 17% de ficar abaixo e 11% de ficar acima.
Esse cenário pressupõe taxa de juros extraída da pesquisa Focus. Já a taxa de câmbio começa em R$ 5,25, a média da semana anterior à reunião do Comitê de Política Monetária, e evolui de acordo com a paridade do poder de compra.
As metas de inflação são de 3,5% em 2022, 3,25% em 2023 e 3% em 2024. O sistema prevê intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos. Atualmente, a autoridade monetária mira 2023 e 2024 para conduzir a Selic.
Por causa das mudanças tributárias realizadas pelo governo federal e pelo Congresso, o BC optou neste momento por “dar ênfase” à inflação acumulada de 12 meses até o fim do segundo trimestre de 2024, período para o qual projeta IPCA de 3,3%.
Quando a inflação anual fica fora do intervalo de tolerância, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, precisa escrever uma carta aberta ao ministro da Economia explicando os motivos que levaram ao não cumprimento da meta e detalhando ações que serão tomadas para corrigir o problema.
As projeções apresentadas acima usam o conjunto e informações disponíveis até a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 6 e 7 de dezembro.
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