Blockchain
Blockchain é um sistema que faz duas coisas importantes: registra e rastreia transações de ativos, tudo de maneira online. Esses ativos podem ser tangíveis, como bens materiais, ou intangíveis, como patentes, direitos autorais, transferências e outros documentos. O que torna a blockchain diferente de outros meios de registro é a segurança, já que as informações são distribuídas e criptografadas, reduzindo o risco de invasões.
Uma analogia para você entender o blockchain
Imagine a rede blockchain como um grande lego com blocos interligados. Quando registram uma transação – seja uma transferência de criptomoeda ou até o registro de uma patente – ela se transforma em uma pequena peça deste lego. É aí que computadores espalhados pelo mundo verificam a transação e analisam se ela é ou não legítima. Uma vez que se analisou e aprovou, essa pequena peça junta-se a outras peças (transações que também se verificaram anteriormente) formando um bloco.
É nesse momento que o bloco recebe um código único, e se junta a outros blocos como ele, formando o lego maior (uma espécie de “corrente”). Esse código cria-se justamente a partir do código do bloco anterior. Ou seja, mudar um único código da rede blockchain significaria alterar todos os outros interligados – o que torna tudo muito seguro. Todas as informações ainda são criptografadas. Dessa forma, qualquer um pode acessar a rede e ver o legado todo, mas não consegue saber detalhes das transações – apenas enxerga que realizaram-nas.
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Levando a analogia para os termos oficiais, temos o seguinte cenário: os blocos reúnem os registros; os mineradores validam as informações; a impressão digital criptográfica, ou seja, o código único criado, recebe o nome de hash, e a formação da corrente de blocos constitui a blockchain. Ainda tem o ledger, ou livro-razão, um documento que reúne o registro de todas as transações.
Como surgiu?
Blockchain deu seus primeiros passos em 1991, quando Stuart Haber e W. Scott Stornetta realizaram um estudo para criar uma rede de blocos criptografada. O sistema foi atualizado logo depois, mas foi em 2008 que o blockchain realmente surgiu. A partir do conceito de Haber e Scott, Satoshi Nakamoto – pseudônimo usado pela pessoa (ou grupo de pessoas, ninguém sabe ao certo) que também está por trás da moeda digital Bitcoin – consolidou e escalou a tecnologia. A rede foi criada justamente como parte da implementação desta criptomoeda. Desde então a tecnologia evoluiu, foi aprimorada e agora tem outras aplicações além das moedas digitais.
Três fatos para você saber mais sobre blockchain
- O blockchain pode ser usado para registrar e compartilhar qualquer tipo de informação. Por outro lado, por se tratar de um grande banco de dados, é possível registrar documentos, transações eletrônicas, patentes, artigos acadêmicos e muito mais. Além disso, essa tecnologia oferece segurança e transparência, tornando-se uma ferramenta valiosa em diversos setores.
- As transações em blockchain são extremamente seguras. Podemos rastrear todos os registros e não podemos apagá-los. Dessa forma, a tecnologia tem ganhado cada vez mais espaço, principalmente depois da chegada da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
- No Brasil, a tecnologia já está sendo usada além das criptomoedas. Em maio de 2020, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) possibilitou a integração oficial de blockchain ao sistema de cartórios no Brasil.
- Nos primeiros quatro meses, a tecnologia autenticou 156 mil documentos – número que cresce a cada dia.