Warren Buffett faz 93 anos: saiba como pensa e investe um dos homens mais ricos do mundo

Famoso pela filantropia, Buffett é adepto da diversificação dos investimentos

Hoje (30), o megainvestidor Warren Buffett completa 93 anos. O que o qualifica como megainvestidor e um dos homens mais ricos do mundo? Primeiramente, ter um patrimônio que chega em muitos bilhões – mais especificamente em US$ 104,6 bilhões. Buffett é dono da holding Berkshire Hathaway (BERK34), que congrega ações de 49 empresas, conforme informa a SEC (Security and Exchange Commision), a CVM norte-americana. Em segundo lugar vem o fato de Buffett ter desenvolvido uma metodologia própria de investimento em ações.

Quem é Warren Buffett

Warren Buffett nasceu em Omaha, no Nebraska. Seu pai, Howard Buffett, foi um congressista e corretor da bolsa de valores dos EUA. Por volta dos 11 anos, Buffett comprou as primeiras ações. E, pasme, aos 14 ele já fazia sua declaração de Imposto de Renda.

Assim, ainda jovem, Buffett aplicou para Harvard, mas foi rejeitado. Então, ele seguiu para Columbia, e foi aluno de Benjamin Graham.

Em 1962, Buffett comprou a Berkshire Hathaway (BERK34), conglomerado de empresas diversas, que vai da indústria de roupa íntima até fabricante de peças para aviação. No ano de 2021, atingiu o posto de terceira maior empresa de capital aberto do mundo. 

Não somos stock-pickers; nós somos business-pickers.

Em que Warren Buffett investe?

Aliás, Buffett desenvolveu uma estratégia de investimento e, com isso, virou guru de vários investidores. Sua lógica é simples: ele escolhe empresas de grande porte, com histórico de pagamento de dividendos e perenidade nos negócios. Tudo baseado na diversificação do portfólio.

Só para você ter uma ideia, a carteira de Buffett tem ações de companhias como a Apple (AAPL34), Bank of America (BOAC34 – segundo maior banco dos Estados Unidos); Chevron (CHVX34 – uma das maiores petroleiras do mundo) e a Coca Cola (COCA34).

A estratégia da carteira de Warren Buffett é conhecida como value investing. Isto é, aplicar em empresas descontadas na bolsa. Ou seja, aquelas que estão baratas e que têm grande capacidade de crescimento. São as que estão, de acordo com os analistas, sendo negociadas abaixo do valor real. Esta estratégia é chamada de value investing, conceito que ele aprendeu com Benjamin Graham, e é seguido por muitos investidores.

Eu diria que os mercados de alta geram touros inflados.

Um deles é o megainvestidor brasileiro Luiz Barsi Filho, que conversou com exclusividade com a Inteligência Financeira sobre sua carteira de ações. Barsi tem R$ 4 bilhões em ações.

Um levantamento recente feito pela Inteligência Financeira apontou que a carteira de Warren Buffett valorizou 540% em 10 anos. No mesmo período, o Ibovespa rendeu 71%.

Resumindo, Buffett investe de olho no longo prazo e estudando cada empresa na qual ele investe.

Apesar de toda sua lógica fundamentalista e estratégia financeira, a Berkshire Hathaway registrou perdas de quase US$ 23 bilhões em 2022.

Seja temeroso quando os outros são gananciosos, e seja ganancioso quando os outros são temerosos.

Buffett, o desapegado

Buffett é reconhecido como filantropo. Ele inclusive já disse que vai doar 99% de toda sua fortuna. Até agora, o megainvestidor já doou cerca de US$ 51 bilhões de 2006 para cá. Só em em ações da Berkshire Hathaway ele doou US$ 4,64 bilhões, segundo a revista Forbes. A grana foi para cinco instituições de caridade, segundo a revista Forbes.

Buffett mora na mesma casa que comprou em 1958, por US$ 31,5 mil (aproximadamente R$ 155 mil).

As cartas anuais de Buffett

Todo ano, as cartas anuais de Buffett para seus acionistas são aguardadas com larga expectativa pelo mercado financeiro. Você pode conferir as cartas publicadas desde 1977 aqui. No início de 2023, por exemplo, Buffett manteve o otimismo. Na carta, ele apontou para o passado para justificar o longo prazo promissor para a economia norte-americana.

Já as 11 páginas da edição de 2022 começam reforçando a estratégia de investimento do megainvestidor: foco em negócios que tenham vantagens econômicas duráveis e presidentes executivos de primeira classe.

A diversificação é a proteção contra a ignorância.