Imposto de Renda: como aumentar sua restituição?

Veja 5 decisões fáceis e bem práticas para diminuir a mordida do Leão

Por horas, fiquei pensando em uma maneira menos deprimente de começar esta prosa. Era preciso falar sobre a visita da velha senhora. Visita que você sabe, inevitável, mas que não se cansa de procrastinar. Não, não me refiro à morte. Falo da declaração de ajuste anual do Imposto de Renda.

Não deixe para a última hora

A pavorosa perspectiva de ter que remexer gavetas, cavucar envelopes e arquivos digitais à procura de comprovantes e notas fiscais amealhadas durante o último ano. Um encontro necessário, ainda que nada divertido.

Não deixe para a última hora. Lute avidamente contra seu instinto de Macunaíma. Este esforço vai lhe render um ganho financeiro, pode apostar.

Aqui vão as recomendações nada saborosas, mas que têm o poder de fazer seu dinheiro render, até mesmo nesta hora de encarar a Receita Federal:

1. O que é melhor: formulário completo ou simplificado?

Muitas pessoas ainda perdem dinheiro porque escolhem a opção simplificada. Vale a pena simular algumas vezes, testando várias hipóteses, inclusive aplicações em planos de previdência antes de escolher o modelo de formulário.

2. Revise os últimos cinco anos da sua declaração

Nunca é tarde para acertar as contas com a Receita. Sonegar é crime, errar, não. Por isso, atenção! Dê uma olhada nas suas declarações dos últimos cinco anos. Isso o ajudará a evitar problemas futuros. Um erro clássico, deixar de declarar o aluguel recebido. A Receita está cada vez mais equipada para seguir os seus passos.

3. Separe recursos de médio e longo prazos para pagar menos IR na renda fixa

Não perca esta oportunidade de vitaminar suas finanças, pois, com o retrato do patrimônio e dos investimentos em mãos, terá o momento ideal para avaliar se está fazendo um planejamento tributário correto.

Lembre-se de que investimentos de longo prazo tendem a pagar menos imposto e que existem aplicações com incentivos fiscais que podem ter sido negligenciadas, como planos de previdência ou títulos de renda fixa isentos (LCA, LCI).

4. Conheça o regime de tributação dos planos de previdência

São muitas as pessoas que fazem aplicações financeiras sem antes conhecer o seu perfil fiscal e usufruir do benefício dos planos de previdência.

Exemplo clássico são os investimentos para os filhos. Muitos pais e mães aplicam regularmente em caderneta de poupança para seus filhos. Perdem porque a remuneração é baixa e deixam de usufruir o benefício fiscal.

Aqui, preste muita atenção ao item 1. Você, talvez, tenha poupança para seu filho. Se migrasse para planos de previdência, poderia usufruir o benefício fiscal fazendo a declaração completa, aplicando este dinheiro em nome do seu filho num PGBL. O valor pode ser abatido da base de cálculo do seu IR.

5. Analise o comportamento do patrimônio

Ao fazer sua declaração, você terá também uma radiografia do seu patrimônio, dos seus investimentos e também de suas dívidas.

Olho vivo no custo das dívidas. Este pode ser um momento especialmente favorável para trocar dívida cara por dívida mais barata.

O mapa na Inteligência Financeira

E então, se animou? Sou capaz de apostar que, este ano, você terá motivos até para comemorar, pois acabará descobrindo que ser mais eficiente na gestão fiscal significa mais dinheiro no bolso.

Decisões fiscais que você terá que tomar para pagar menos imposto ou aumentar sua restituição. Você encontrará uma cobertura completa sobre o tema que vai ajudar a tirar todas as dúvidas aqui.