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Inverno cripto: quando o bitcoin vai subir novamente?
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Após semestre ruim, especialistas esperam estabilidade no bitcoin até o fim do ano
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Inflação é fator chave na precificação da criptomoeda
Inverno cripto, queda do bitcoin, crise das criptomoedas… O noticiário econômico está recheado de notícias negativas sobre as criptomoedas nos últimos meses e várias manchetes são usadas para falar sobre o tema. Depois de tomar consciência sobre o cenário para ativos de risco, o investidor quer saber: quando o bitcoin vai subir novamente?
É claro que não há uma resposta definitiva para essa pergunta, mas ouvir especialistas sobre o assunto, entender o que o mercado especializado enxerga para o futuro e mapear o contexto das criptomoedas ajuda o investidor a saber quando o bitcoin vai subir e até a fazer suas próprias previsões.
Até 11 de julho, a queda no preço do bitcoin superava os 56% em relação ao patamar registrado no início de 2022. Diante o cenário, alguns investidores querem comprar a criptomoeda, mas não há sinais que mostram alta no curto prazo.
Quando o bitcoin vai subir?
Os especialistas na criptomoeda ouvidos pela Inteligência Financeira não esperam uma recuperação expressiva nos próximos meses. Com diferentes pontos de vista sobre o “meio do caminho”, o consenso é que o bitcoin vai levar pelo menos seis meses para ganhar viés altista novamente.
O principal fator para mapear é, por enquanto, a inflação. O aumento dos preços em todo mundo é o que está fazendo os bancos centrais aumentarem as taxas de juros e investidores fugirem de ativos de risco. Portanto, quem está interessado em fazer sua própria previsão sobre a recuperação do Bitcoin precisa ficar atento às notícias sobre inflação nas principais economias do mundo, considerando que as criptomoedas são descentralizadas e notícias do mundo todo podem fazer preço no ativo.
Como o bitcoin deve encerrar este ano?
O bitcoin deve encerrar 2022 no patamar dos US$ 20 mil, espera Pedro De Luca, head de criptomoedas da Levante Investimentos. Para ele, não haverá quedas ou ralis expressivos do ativo em 2022. De Luca explica que um movimento intenso de recuperação vai acontecer “num cenário em que a inflação dos EUA fique mais tranquila e o Fed deixe de aumentar as taxas de juros, o que não deve acontecer num futuro próximo”.
Lucas Passarini, Trader do Mercado Bitcoin, espera uma forte recessão global com a inflação mantendo os patamares atuais nos próximos anos e um viés de alta do bitcoin voltando apenas a partir de 2024. No curto prazo, ainda este ano, a aposta é de um teto de US$ 40 mil. “Precisaríamos reverter indicadores importantes para superar os US$ 40 mil, não acredito nisso para 2022”, diz o especialista.
O que fará o bitcoin subir?
Ainda que muitos investidores se arrisquem nas criptomoedas sem antes estudar os fundamentos por trás dos ativos, há princípios importantes na precificação que não podem ser ignorados. Entender o cenário onde o Bitcoin está é importante para saber o que pode fazer o preço subir ou descer.
Para os especialistas na criptomoeda, um dos principais gatilhos que vão destravar um viés altista para o Bitcoin novamente é o controle da inflação em todo o mundo. “Grandes investidores e investidores institucionais estão avaliando as chances de uma recessão global. Se tivermos inflação caindo e nível de atividade econômica forte, os ativos de risco podem se recuperar”, afirma Passarini.
O trader explica que as commodities darão sinais sobre a inflação e se ativos como petróleo e minério de ferro perderem o viés de alta, haverá espaço para alta do bitcoin.
Como se preparar para a possível recuperação do bitcoin
Diante de qualquer crise, sempre há quem enxergue uma oportunidade de compra. Se você é esse tipo de investidor, a recomendação é fazer aportes ao longo de 2022, sem comprometer todo o caixa de uma vez. “É um ano excelente para acumular bitcoins a preços baixos. Seguindo a previsão de que ele vai fechar o ano na faixa atual, acredito nessa estratégia e estou sempre fazendo aportes”, revela De Luca, da Levante Investimentos.
Se você quer diversificar o portfólio, a dica é não fugir das criptomoedas mais famosas. Para Raquel Vieira, especialista em criptomoedas da Top Gain, dá para a aproveitar o momento de queda tomando risco, “mas focar nas principais criptomoedas diminui o risco”.
Seja qual for a sua estratégia, Lucas Passarini recomenda “evitar tomar decisões emocionadas”, calculando o nível de exposição a criptoativos, no geral, e fugindo de uma exposição alta demais. Afinal, os tempos ainda são de muita incerteza.
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