Cinco dicas para escolher um fundo de investimento

Só durante a pandemia foram lançados 3.201 fundos. Com tantas opções no mercado, você deve analisar alguns pontos para fazer a melhor seleção
Pontos-chave:
  • Ter um objetivo claro e entender seu perfil de investidor são os primeiros passos
  • Você também deve entender os tipos de fundo, suas taxas e pesquisar sobre a gestora
  • Com os fundos, você pode ter uma carteira diversificada e com estratégias diferentes

O mercado brasileiro de fundos de investimento registrou um crescimento expressivo no último ano. Segundo o Anuário da Indústria de Fundos, feito pela FGV, o patrimônio líquido dos fundos de investimento no Brasil saltou de R$ 5,4 trilhões em 2019 para R$ 6,05 trilhões em 2020, um avanço de 10,7%. De acordo com o levantamento, mesmo com a pandemia, foram abertos 3.201 fundos no ano passado.

Quem quer investir na modalidade tem hoje diversas opções: fundos de renda fixa, fundos de ações, fundos imobiliários, fundos multimercados e por aí vai. “Todos eles são formados por investidores que têm um objetivo em comum: conseguir uma boa rentabilidade. O que diferencia é a política de investimento do fundo e onde o gestor aplica o dinheiro”, ressalta Marcos Iorio, gestor da Integral Investimentos. 

Mas, afinal, como escolher a melhor opção? Separamos cinco dicas fundamentais para te ajudar nessa tarefa. Vamos a elas:

Tenha um objetivo e conheça seu perfil de investidor

Ter um objetivo claro e identificar seu perfil de investidor são os primeiros passos. “Você deve entender se aquele recurso precisa ser resgatado no curto prazo ou se você consegue ter uma visão mais longa. A partir disso, você precisa identificar sua tolerância ao risco, e se você é mais conservador, moderado ou arrojado. Assim, consegue chegar em um fundo mais alinhado com as suas expectativas”, explica Marcos.

Aprenda sobre os tipos de fundo

Você também precisa entender sobre os fundos disponíveis no mercado. Em relação à classe dos ativos, a Anbima separa esse tipo de investimento em quatro categorias: Ações, Cambial, Renda Fixa e Multimercado. Além disso, existem dois diferentes tipos de gestão: ativa e passiva. Na ativa, o gestor decide em quais ativos quer investir a partir do que considera melhor naquele momento. Na passiva, ele tem menos liberdade e compra os ativos replicando um determinado índice de referência.

Busque informações sobre taxas e liquidez

Também é importante prestar atenção na liquidez do fundo, as taxas de administração e o período mínimo em que o dinheiro precisa ser aplicado. “Investir em um fundo geralmente requer uma visão de longo prazo, já que as estratégias levam um tempo para amadurecer. Você dificilmente vai conseguir ter um retorno que espera pensando no mês seguinte”, destaca Marcos. 

Pesquise sobre a reputação da gestora

Tão importante quanto escolher um bom fundo é pesquisar o histórico da gestora e seus profissionais. Você precisa saber a reputação de quem cuidará do seu dinheiro: a estrutura da casa, os processos, qual o tamanho da gestora, performance durante a crise, histórico do gestor e quais as estratégias de investimento. Isso te ajuda a mapear os fundos e optar por algum deles.

Diversifique

Você não precisa escolher apenas um fundo. “A diversificação é sempre importante, independentemente do seu perfil de investidor. Você consegue, com os fundos, ter uma carteira diversificada e com estratégias diferentes”, ressalta Marcos. Assim, pode reduzir os riscos e garantir uma rentabilidade melhor no médio ou longo prazo.