Alckmin diz que Brasil terá ‘logo’ LCD para a indústria

Apesar de dizer que a aprovação pode ocorrer ainda este mês, o vice-presidente e ministro da Indústria não estipulou nenhuma data

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta quinta-feira (14) que o país deve ter logo a Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD) para a indústria. Em evento no Rio de Janeiro, ele, que também é ministro da Indústria, afirmou que a proposta vai ser aprovada ainda este mês pelo Congresso Nacional “se correr tudo bem”.

“Agora vamos ter a LCD para a indústria. É mercado, não é dinheiro público, é mercado. Você vai ter um crédito de 1% mais barato”, disse Alckmin.

A proposta agora está sob análise no Senado. Apesar de dizer que a aprovação pode ocorrer ainda este mês, Alckmin não estipulou nenhuma data.

O vice-presidente participou nesta quinta do 1º Encontro Internacional da Indústria de Colchão. Durante o evento, Alckmin recebeu a sugestão de incluir o produto dentro do projeto Minha Casa, Minha Vida. A proposta foi chamada por representantes do setor de “colchão do trabalhador”. Em resposta, Alckmin afirmou que vai levar em consideração a demanda do setor.

O vice-presidente, que é médico de formação, ainda brincou afirmando que hoje o “dorminhoco está com tudo”. “A coisa mais importante para a saúde é o sono. Antigamente, o dorminhoco era mal visto. Hoje, o dorminhoco está com tudo”, disse, ao elogiar a indústria brasileira de colchões. “Eu destacaria esses aspectos fundamentais da saúde pública: sono e colchão de qualidade.”

Alckmin também voltou a repetir elogios à reforma tributária. Mais cedo, durante participação do FII Priority, evento de investimento de fundo da Arábia Saudita, o vice-presidente elogiou o trabalho feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No evento dos setor dos colchões, Alckmin afirmou que a reforma trará alívio à indústria ao mesmo tempo que vai impulsionar a economia do país.

“A indústria brasileira está supertributada. A indústria de transformação representa 15% do PIB e paga mais de 30% da carga tributária. A reforma vai simplificar e vai desonerar completamente investimento e exportação, porque acaba com a cumulatividade”, disse Alckmin.

Ele continuou: “Estudos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que em 15 anos a reforma tributária, por si só, pode levar ao crescimento do PIB de 12% em 15 anos. É uma reforma que traz eficiência econômica.”

Com informações do Valor Econômico