Mesmo triplicado, prêmio do BBB22 vale menos que o do BBB1

A inflação dos últimos 20 anos diminuiu o poder de compra do dinheiro

Começa na segunda-feira (17) a disputa dos 20 participantes da edição 2022 do Big Brother Brasil por um prêmio de R$ 1,5 milhão. Com esse montante, dá para comprar um apartamento de 70 metros quadrados no Leblon, no Rio de Janeiro, o bairro que tem os imóveis mais caros do Brasil. Ou 22 Chevrolet Ônix, o carro campeão de vendas no país. Se o feliz ganhador do prêmio preferir experiências a bens, pode levar 124 amigos para curtir a Copa do Mundo no Qatar, o lugar mais caro do planeta para viver. Se resolver aplicar para viver de renda, consegue tirar R$ 9.400 por mês, colocando o dinheiro na poupança.

É um bom dinheiro. Mas não tanto quanto o vencedor do BBB1, o Kleber Bambam, levou. A explicação para essa diferença se chama inflação.

Em 2002, ao final da primeira edição do BBB, Bambam recebeu R$ 500 mil. Vinte anos depois, o prêmio anunciado pela Globo para o campeão do BBB22 é R$ 1,5 milhão. Embora nominalmente superior, esse prêmio na realidade compra menos bens do que em 2002.

Corrigidos pela inflação oficial dos últimos 20 anos (o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo) com a Calculadora do Cidadão do Banco Central, os R$ 500 mil da primeira edição do BBB agora valem R$ 1,688 milhão. Ou seja, 12,5% a mais do que o prêmio atual. Se o índice usado é o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), frequentemente empregado no reajuste dos aluguéis, a perda de poder de compra é maior: 69%, porque o valor atualizado é de R$ 2,547 milhões.

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