Ibovespa sobe puxado por capital estrangeiro e tem terceiro pregão seguido de ganhos

Em Nova York, o dia foi de oscilação intensa e o S&P 500 encerrou o pregão em queda de 0,54%, o Nasdaq fechou em baixa de 1,40% e o Dow Jones recuou 0,02%

A elevada demanda estrangeira por ações locais seguiu impulsionando o Ibovespa e fez novamente o índice caminhar na contramão de seus pares em Nova York. Mesmo com os investidores ainda digerindo a decisão do Federal Reserve (Fed) da véspera, o Ibovespa enfileirou seu terceiro pregão seguido de ganhos e fechou em 112.289 pontos, maior patamar desde outubro.

A rede de petshops Petz ficou entre as maiores altas da B3, após anunciar a compra da fabricante de tapetes higiênicos Petix por R$ 70 milhões. A ação terminou o pregão em alta de 1,3%, cotada a R$ 88,32. No setor de commodities, a Petrobras foi o destaque com elevação de 3,15%, a R$ 34,03.

Em Nova York, o dia foi de oscilação intensa e o S&P 500 encerrou o pregão em queda de 0,54%, o Nasdaq fechou em baixa de 1,40% e o Dow Jones recuou 0,02%.

O pano de fundo dos negócios continuou sendo a postura mais dura do que a esperada pelo banco central americano em sua decisão de política monetária anunciada ontem. O presidente da instituição, Jerome Powell, não descartou um ritmo maior e mais intenso de altas de juros no país para fazer frente à inflação nos EUA.

Assim, teve sequência o movimento de rotação das carteiras dos investidores para fora de ativos de risco dos Estados Unidos, que afetou especialmente as ações do setor de tecnologia — o que ficou evidente com o desempenho inferior do Nasdaq em relação a seus pares.

O movimento, contudo, tem desencadeado uma busca global por ativos que vinham sendo negociados a múltiplos mais descontados, como é o caso das ações de países emergentes e, mais especificamente, do Brasil.

Pelo 17º pregão consecutivo em 2022 — todos no ano em que há dados contabilizados — os investidores estrangeiros compraram ações no mercado secundário à vista da B3, em montante que já se aproxima de R$ 23 bilhões.

Com informações do ValorPro, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico.